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Vídeo: Queiroz diz que BES lhe “espoliou” poupanças de “metade da vida”

carlos queiroz 1 O técnico que orienta a seleção do Irão referiu, em entrevista ao MaisFutebol, programa da TVI, que foi vítima de uma “fraude do Banco Espírito Santo”. Carlos Queiroz desabafa que “as pessoas não têm ideia da tragédia que está por detrás de milhares de pessoas que entregaram ao BES anos e anos do seu trabalho”. “Isto é um escândalo, uma vergonha”, acusa.

Numa entrevista que Carlos Queiroz concedeu ao programa MaisFutebol, emitido pela TVI, o selecionador do Irão adianta que o BES lhe “roubou” poupanças de “metade da vida de trabalho”, através de movimentações fraudulentas que, garante o técnico, não lhe foram comunicadas.

Em causa está um “diretor comercial do ES Bankers”, que Queiroz diz ter sido responsável pela movimentação de “uma fortuna” para a Rioforte (empresa falida do Grupo Espírito Santo), dinheiro que estava depositado numa conta pessoal.

“Pôs os meus fundos na Rioforte de uma forma fraudulenta e abusiva”, diz o treinador, que não especifica a quantia em causa, mas revela tratar-se do correspondente a “metade da vida de trabalho”.

Carlos Queiroz, atual selecionador do Irão, esclarece que tinha confiado esse dinheiro ao BES “exclusivamente” para conseguir reunir tranquilidade financeira para o período da sua reforma.

Fui uma vítima de abuso e de uma fraude do Banco Espírito Santo – neste caso do ES Bankers, do Grupo Espírito Santo no Dubai”, dispara Carlos Queiroz, que não acredita que irá, alguma vez, reaver o dinheiro “roubado”.

“O técnico também se manifestou surpreendido com este escândalo do BES, depois de Portugal ter enfrentado outro caso a envolver a banca, com o BPN, que custou uma fortuna ao erário público.

“As pessoas não têm ideia da tragédia que está por detrás de milhares de pessoas que entregaram ao BES anos do seu trabalho”, diz ainda.

O treinador português espera agora que a justiça portuguesa tome medidas e “julgue e condene” os responsáveis por estes alegados crimes.

E critica o facto de os treinadores serem condenados por questões muito menores, enquanto casos desta dimensão não apresentem sentenças.

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