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Queima mulher e uma criança por não receber dote que a lei proíbe

Na Índia, o marido queimou a mulher, muito jovem, sendo que a filha desta também morreu. A falta de pagamento do dote matrimonial esteve na origem deste crime, nesta terça-feira, em Khananka, estado de Uttar Pradesh. Pagar o dote é proibido pela lei, mas uma Índia cada vez mais consumista impõe à mulher entregar dinheiro e bens.

Mais duas vítimas de uma prática ilegal, mas que tem vindo a sobrepor-se à lei indiana. Um homem matou a própria mulher, porque esta não pagou o dote.

Apoiado pelos seus familiares, este indiano cometeu o crime nesta terça-feira, em Khananka, uma localidade de Uttar Pradesh, estado do norte da Índia.

O Times of India relata que o homem foi apoiado pelos pais e por um irmão. Os quatro queimaram a mulher viva, porque não pagou um valor de 200 mil rupias, o equivalente a 2400 euros.

Também a filha, uma criança que costumava dormir perto da mãe, acabou por morrer queimada, sendo que os autores do crime acabariam por confessá-lo às autoridades indianas.

A prática de pagar o dote vai contra a lei da Índia, mas a verdade é que está, cada vez mais, a sobrepor-se à lei e nos últimos tempos tem-se registado um aumento de crimes relacionados com este pagamento do dote matrimonial.

As mulheres indianas são obrigadas pelos maridos e família deste a entregar uma verba em dinheiro, assim como outros bens, como casas e carros.

A Fundação Vicente Ferrer – que luta contra a pobreza – estima que todos os anos pelo menos 50 mil mulheres sejam mortas na Índia por questões que se relacionam com esta prática.

O aumento do consumismo naquele país está a provocar nas famílias dos maridos pressões para que exijam às mulheres aquele pagamento. E essas famílias participam nos crimes praticados, como ocorreu neste caso.

É mais um exemplo de violência contra as mulheres, na Índia, onde crescem outros números: os de violações, sobretudo. As vítimas, muitas delas crianças e adolescentes, acabam por vezes enforcadas ou esquartejadas.

São sinais dos tempos de uma Índia incapaz de combater a criminalidade, onde a tradição e a Justiça medem forças. A tradição provoca crimes hediondos, a Justiça mostra incapacidade para a combater.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, afirmou ontem que as suas políticas de proteção da mulher serão reforçadas.

“Respeitar e proteger as mulheres deve ser uma prioridade neste país, já que, para seguirmos nosso caminho rumo ao desenvolvimento, necessitamos respeitá-las e garantir sua segurança”, afirmou o chefe de governo, em declarações reproduzidas pela Efe.

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