A “quebra substancial de dadores de sangue” deixa o responsável pelo Serviço de Imuno-Hemoterapia do Hospital de S. João “preocupado”, sentimento transmitido em declarações à Lusa. Este cenário pode levar ao “adiamento de algumas cirurgias”.
Fernando Araújo considera essencial promover ações de sensibilização, para promover a dádiva de sangue e evitar este cenário de congelamento de operações. Nesse sentido, solicita que se promova o “ato cívico” que pode salvar vidas.
Não é só a quantidade de dadores de sangue que está a diminuir, no Porto. Dados relativamente ao número de dadores de órgãos, durante o ano de 2011, da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação, indicam que o número de corações após paragem cardiorrespiratória diminuiu no Porto e aumentou em Lisboa e Coimbra.
Relativamente aos corações colhidos após paragem cardiorrespiratória – nos hospitais de Santa Maria e São José, em Lisboa, e nos Hospitais Universitários de Coimbra – há um aumento significativo, de 298 verificados em 2010, para 351, no ano passado.
Tendência inversa verificou-se nos hospitais de Santo António e São João, unidades hospitalares da cidade do Porto. Corações parados são um dos órgãos que a comunidade médica aponta como essencial, sem relativizar a importância dos restantes órgãos.
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