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Que tipo de comportamentos tem a Geração Z, que nasceu na era digital?

A Milenar desenvolveu um estudo sobre as tendências digitais da Geração Z, que nasceu entre 1995 e 2010 e sempre se habituou a ter a internet presente nas suas vidas. Eis o perfil desta geração.

Nascidos já em plena era digital, há uma geração que trata as redes sociais por tu, dominando na perfeição a internet. Sempre que a dúvida se instala é no telemóvel e no computador que obtêm as respostas, tendo o “Dr. Google” como referência.

A chamada Geração Z – nascida entre 1995 e 2010 – foi analisada num estudo de mercado realizado pela Milenar, agência de influenciadores, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, que agora revela as conclusões obtidas num report de tendências sobre os perfis e traços de comportamento identificados.

De uma amostra de 13 entrevistados e 132 inquéritos respondidos, é possível concluir que 87 por cento das crianças e jovens ligam-se diariamente à internet para utilizar as redes sociais, enviar e receber emails, comunicar em tempo real e jogar. 79 por cento usa as redes sociais para manter contacto com os amigos, sendo que 69 por cento utiliza o smartphone para aceder a essas mesmas redes sociais, despendendo em média 2 horas e 55 minutos por dia nas mesmas, segundo a Global Web Index.

É também a geração mais propensa a ser influenciada para a compra de um produto face aos conteúdos que veem online – cerca de 1.3 vezes mais – principalmente se estes forem recomendados por alguém que seguem e que seja o seu influenciador favorito.

Cerca de 18 por cento dos indivíduos da Geração Z afirma descobrir marcas através de celebridades e pessoas conhecidas, evidenciando o papel dos influencers na apresentação e divulgação de produtos, utilizando as redes sociais e a ligação à internet ao longo de vários momentos do seu dia e nas mais diversas situações: 76 por cento utiliza as redes sociais nos transportes públicos, 30 por cento no trânsito, 79 por cento utiliza as redes sociais ao acordar, 89 por cento antes de dormir, 88 por cento em pausas e 52 por cento no trabalho ou nas aulas.

Como redes sociais mais utilizadas para a procura de produtos e marcas, destaca-se com 71 por cento o Instagram, seguido do Youtube com 31 por cento e o Facebook com 31 por cento, destacando como pontos negativos das redes sociais a possibilidade de informação falsa, a repetição de conteúdos com publicidade, as parcerias e promoção de marcas sem nexo e alguma superficialidade que muitas vezes é promovida pelos seus intervenientes.

Como conteúdo favorito destacam a moda (35 por cento), o desporto (48 por cento), o gaming (23 pontos percentuais), a fotografia (52 pontos), o lifestyle (42),  o eco friendly lifestyle (14), a motivation (14) e a beleza (também 14 por cento), destacando como objetivo principal de conteúdo o entretenimento (88), informação e aprendizagem (72 por cento), Inspiração (36) e 18 por cento a assumir ter curiosidade sobre o estilo de vida e alimentação dos influenciadores que seguem.

Cinco em cada 13 destes indivíduos que fazem parte da Geração Z revela ter sentimentos positivos em relação aos influenciadores, considerando-os “uma companhia, no entanto, 8 por cento admite confiar mais num influenciador do que em celebridades, 14 por cento procura a opinião de um influenciador quando quer comprar um produto ou adquirir um serviço, 30 por cento já comprou um produto aconselhado por um influencer e 18 por cento acredita que o conteúdo publicitário feito por um influencer parece mais real e autêntico do que feito por uma celebridade.

Como grandes conclusões, podemos assumir que a Geração Z é mais suscetível a comprar um produto se este for recomendado pelo seu influenciador favorito, considerando que as marcas devem adotar uma comunicação mais eficaz, transmitindo as qualidades emocionais do produto. São também mais fiéis às marcas, embora rompam com os modelos de consumo tradicionais e são mais exigentes, sendo capazes de confiar num influenciador, mas fazendo-o com mais consciência, procurando influenciadores genuínos, mais naturais e nada forçados, com noções de responsabilidade social, ética e cuidado com a informação partilhada. “Influenciadores reais com problemas reais” são os mais procurados pela Geração Z, conhecida por ser a geração da ansiedade e do burnout.

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