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Quatro espeleólogos “estão localizados” e aguardam descida do nível da água

Os quatro espeleólogos portugueses retidos desde sábado nas grutas de Cueto-Coventosa, no norte de Espanha, “estão localizados” e aguardam que baixe o nível da água para serem resgatados, anunciou hoje o Governo regional da Cantábria.

A conselheira do Interior (Administração Interna), Paula Fernández explicou, numa visita ao fim da manhã ao posto de comando das operações de socorro, que os quatro espeleólogos estão “perfeitamente preparados, conheciam a gruta e tinham-na estudado”, pelo que confia que, quando o caudal de água descer, os portugueses se irão aproximando da parte da gruta onde estão os socorristas.

“Esperamos que isto seja resolvido durante o dia de hoje”, sublinhou Paula Fernández, citada pela agência espanhola Efe, que ainda recordou que a previsão meteorológica para terça-feira é de “muitíssima chuva”, o que iria “complicar o resgate”.

A responsável do executivo regional indicou que a localização dos espeleólogos não é precisa e que se está a trabalhar “com hipóteses, mas com hipóteses certeiras”.

Os socorristas estão convencidos de que os quatro espeleólogos estão numa zona chamada “Los Lagos”, que fica a cerca de três ou quatro horas da entrada de Coventosa, onde estão a entrar os especialistas em resgate que recebem indicações da Fundação Espeleosocorro Cántabro (Esocan).

Paula Fernández indicou que, por volta das 15:00 (14:00 em Lisboa), se espera a saída de um dos socorristas que foi ter com um outro grupo que entrou anteriormente.

Esse socorrista irá trazer informações sobre o nível da água e o andamento da operação.

No caso de o resgate não poder ser realizado hoje, apesar de as autoridades estarem confiantes que isso irá ocorrer, já foi planeada outra operação, que entraria pela zona de Cueto, uma outra entrada da gruta, com mantimentos e roupas suficientes para permanecerem uma semana e tenta chegar onde estão os espeleólogos.

“Mas vamos pensar que o plano B não vai precisar de ser executado e que hoje vamos ter sorte e poderemos sair com eles todos”, disse a ministra regional.

As equipas de socorro foram acionadas no domingo, ao fim do dia, para resgatar os quatro portugueses.

“Estamos à espera que baixem os níveis da água, para depois subirmos ao encontro dos quatro portugueses que, em princípio, estão bem e à nossa espera”, disse hoje de manhã à agência Lusa Martín González Hierro, da Esocan, envolvida no resgate.

González Hierro explicou que a equipa de auxílio está no local, na gruta de Cueto-Coventosa, na Cantábria, desde as 20:00 (19:00 em Lisboa) de domingo.

“O nível da água no interior da gruta subiu muito e isso não estava previsto pela equipa que desceu no sábado”, disse, por seu lado, Vítor Gandra, coordenador da secção de espeleologia do Clube de Montanhismo Alto Relevo, que ainda hoje vai para Espanha.

A operação de socorro integra a equipa da Esocan, além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.

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