Economia

Quase dois terços dos comboios da Fertagus parados devido à greve

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) obrigou a suprimir 19 dos 34 comboios suburbanos previstos realizar até às 09:00 de hoje pela Fertagus, segundo a empresa.

De acordo com a Fertagus, das 34 circulações previstas, apenas se realizaram 15 (44%).

Segundo a empresa, pelas 09:30 a circulação já estava a fazer-se dentro da normalidade.

A Fertagus, que é responsável por 70 mil deslocações diárias, serve atualmente 14 estações, 10 das quais na margem Sul (Setúbal, Palmela, Venda do Alcaide, Pinhal Novo, Penalva, Coina, Fogueteiro, Foros de Amora, Corroios e Pragal) e quatro na margem Norte (Campolide, Sete Rios, Entrecampos e Roma-Areeiro).

Os trabalhadores da IP cumprem hoje um dia de greve. A empresa queria serviços mínimos correspondentes a 25 por cento do número de composições habituais de transporte de passageiros, mas o tribunal arbitral entendeu não decretar este serviço face à curta duração da greve e por haver transportes alternativos.

Na lista de serviços mínimos estarão apenas, por exemplo, os comboios que se encontrem em marcha à hora do início da greve, os “serviços necessários à movimentação dos ‘comboios socorro'” e “os serviços urgentes relativos ao transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis”.

Entretanto, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) considerou que o Governo e a administração da Infraestruturas de Portugal (IP) “fugiram” a um acordo, no sábado, aquando da reunião que decorreu no Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, com os representantes do Governo, da IP e sindicatos.

Segundo a Fectrans, após várias propostas e contrapropostas de aumentos, ficou acordada uma valorização salarial de “20 euros durante 11 meses e 25 euros no último mês, sendo este valor a integrar a tabela salarial em janeiro próximo, mas pago durante 14 meses”.

Porém, “ao passar ao papel a discussão que estava efetuada, fomos confrontados com uma proposta de redação pouco clara, nomeadamente, não se assumia sem sombra de dúvidas o valor de 25 euros a transitar para a tabela, não se assegurava a garantia de aplicação do futuro Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) aos trabalhadores com vínculos à função pública, por fim, para compensar os trabalhadores da diferença, propuseram que estes passassem a ter mais uma dispensa, mas com perda e renumeração, o que neste ponto se tornou inaceitável”, garantiu a Fectrans.

A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional — REFER e a EP – Estradas de Portugal.

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