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Quase-candidato autárquico revela bastidores de um PSD “ensimesmado e desfasado da realidade”

O anunciado e não confirmado candidato do PSD à Câmara de Matosinhos vai revelar os segredos da máquina partidária. Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, lança a 29 de junho o livro ‘CANDIDATO que não chegou a sê-lo’, na FNAC do NorteShopping, em Matosinhos.

A obra será apresentada por José António Barbosa, arquiteto e presidente da concelhia de Matosinhos do PSD, e Ernesto Páscoa, professor universitário e presidente da concelhia de Matosinhos do… PS.

“O livro retrata o que se passou ao longo deste processo de candidatura, após o convite de José António Barbosa, presidente da concelhia do PSD Matosinhos . Contém uma carta enviada ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e outra a Bragança Fernandes, presidente da distrital do PSD Porto, que só agora as torno públicas”, avança Joaquim Jorge.

Definindo-se como “um ativista cívico, que pensa a democracia e se bate por projetos de cidadania”, o fundador do Clube dos Pensadores deixa antever revelações sobre o funcionamento das máquinas partidárias, salientando que “a vida partidária que dá acesso a candidatos rege-se por uns poucos, de um modo ensimesmado e desfasado da realidade”.

“Entrei neste processo depois de pensar bem, saí pensando, sem azedume e ressentimento”, acrescenta Joaquim Jorge, apontado como candidato do PSD à Câmara de Matosinhos até ser recusado… pelo PSD de Matosinhos.

“Sinto um misto de impotência e alívio, vou continuar como sempre fui: transparente, livre, independente e insubmisso. Não sei se a minha vida de candidato e de possível eleito seria feliz? As pessoas pensam muito em cargos e mordomias. Eu não! Actualmente, sou feliz isso é o mais importante para mim”, garante: “Quem define, para onde eu vou e com quem eu vou, sou eu. Esta minha hipótese de candidatura se tiver contribuído para a abertura e evolução dos partidos, já me dou por satisfeito. O meu maior poder é não querer nada, todavia a minha vida nunca estará sujeita a pessoas que não são mais do que eu, só porque têm um cartão de militante”.

“Hoje em dia, na política não há partidos nem independentes, nem direita nem esquerda, só gente aberta ou fechada, ágil ou desajeitada, educada ou grosseira, nobre ou canalha, generosa ou egoísta, profissional ou amadora, boa ou má”, conclui Joaquim Jorge: “Esta classificação de pessoas vai para além de ideologias, há uma classe de gente que preserva os seus princípios e rebelde perante as injustiças”.

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