Quarta missão tripulada da China vai tentar a primeira acoplagem em estação orbital

A quarta missão tripulada da China vai ser lançada durante este mês e terá como objetivo levar dois taiconautas ao interior de uma estação orbital. O Império do Meio já realizou uma acoplagem bem sucedida, mas nunca com tripulação a bordo.

A China continuar a apostar forte no programa espacial e, para reduzir a distância que a separa dos EUA e da Rússia, prepara-se para lançar, durante este mês, a quarta missão tripulada. A bordo seguirão três taiconautas (o equivalente chinês para os astronautas norte-americanos e os cosmonautas russos), um dos quais poderá ser uma mulher.

Segundo a agência noticiosa Xinhua, o objetivo da missão, agendada para “meados de junho”, é registar a primeira acoplagem do vaivém Shenzou 9 a uma estação orbital com tripulação a bordo. A China já conseguiu uma acoplagem numa missão anterior, ao módulo Tiangong 1, mas na qual não seguiu qualquer taiconauta.

Segundo o número dois do programa espacial, Niu Hongguang, dois dos taiconautas devem ir a bordo do Tiangong 1 para realizar experiências científicas. Contudo, o responsável, citado pela agência oficial, não adiantou a duração da missão: apenas revelou que a nave espacial, o foguetão e a plataforma de lançamento já se encontram no Deserto de Gobi, no norte da China.

Em dezembro do ano passado, o Império do Meio anunciou um relançamento do programa espacial com uma duração de cinco anos. Entre as missões a concretizar, salientam-se as missões de lançar um laboratório para o espaço e, em especial, de chegar à Lua em 2016. A China já não lançava taiconautas desde 2008, depois de ter sido o terceiro país, em 2003, a colocar um homem no espaço, depois da Rússia e dos EUA.