De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, em média apenas quatro ‘amigos’ do Facebook são verdadeiros amigos.

Talvez não se surpreenda com esta conclusão, mas uma pesquisa da Universidade de Oxford revela que não pode contar com a esmagadora maioria das amizades que criou na rede social.

O estudo, citado pelo jornal The Independent, teve como objetivo perceber se há um paralelo entre amizades na vida real e na rede social.

Os investigadores colocaram a seguinte questão: “ter muitos amigos no Facebook significa ter mais amigos na vida real?”. E foram à procura de respostas.

Os alvos deste estudo são pessoas que têm, em média, 150 amigos na rede social. Destes, somente 14 manifestam laços fortes, perante um cenário em que algo não correria bem.

Aos olhos destes inquiridos, 27 por cento das amizades do Facebook são verdadeiras, mas a realidade parece ser diferente.

Robin Dunbar, professor de psicologia em Oxford, é um profundo estudioso sobre a amizade na vida real – desde os anos 90 que analisa o fenómeno.

Desenvolveu uma teoria, há décadas, que defende que o ser humano só consegue estabelecer uma amizade estável com 150 pessoas, em média.

Na sua tese, o cérebro não tem capacidade cognitiva para permitir criar mais laços de amizade. Ainda segundo Robin Dunbar, o círculo de amigos próximos só permite cinco elementos.

“As relações reais exigem uma interação cara-a-cara ocasional”, defende o investigador, o que dá suporte à sua teoria que defende que, no Facebook, não podemos ter mais do que quatro amigos verdadeiros.

Além dos nossos constrangimentos cognitivos, comprovados em estudos mais antigos, existem as limitações que as redes sociais não superam: o facto de não ser estabelecido um contacto físico, por exemplo.

“Há uma ligação entre o tempo que se investe numa relação e a qualidade dessa relação”, salienta ainda o psicólogo.

E será que ter mais amigos no Facebook significa que se tem, ao mesmo tempo, mais amigos verdadeiros? A resposta é negativa, garante Dunbar.