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“Quando as pessoas têm um infortúnio é que se lembram que não é bom andarem aqui a chatearem-se”

Júlio Magalhães, antigo diretor-geral do Porto Canal e antigo diretor de Informação da TVI, deu uma lição de vida ao falar de como se deve usar o poder, numa crítica velada a quem usa a exposição mediática para se julgar ‘acima dos outros’.

Com uma longa carreira no jornalismo, em particular na televisão, ‘Juca’ defendeu o respeito como valor primordial na relação com os outros, lamentando que muita gente com responsabilidade só se aperceba dos erros depois de ter “um infortúnio”, como uma doença grave.

“O que mais tenho tido na vida é a má experiência de pessoas que foram maus carácteres, que tiveram poder na mão e destraram pessoas, mas quando tiveram uma doença grave refletiram… Quando se tem um infortúnio é que as pessoas se lembram que não é bom andar aqui a chatearmo-nos uns aos outros”, afirmou Júlio Magalhães.

“Depois vêm sempre com essa desculpa, ‘tive um cancro ou qualquer coisa, felizmente estou bem, mas refleti e afinal não vale a pena’… Só depois do infortúnio é que se lembram que a vida deve ser levada de outra maneira”, reforçou o jornalista e autor, durante a passagem pelo programa ‘Júlia’, da SIC.

Com humildade, ‘Juca’ assumiu “erros e injustiças”, mas ressalvou que na longa carreira nunca prejudicou um colega de profissão.

“Tenho amigos em todo o lado. Não gosto é que digam mal de mim. Acho que não há ninguém que possa dizer verdadeiramente mal de mim. Cometi muitos erros e injustiças, como toda a gente, mas prejudicar pessoas ou brincar com a família das pessoas…. Isso nunca ninguém pode dizer de mim”, frisou.

“Nunca gostei de quem trata mal as pessoas e gosto que digam ‘bom dia’ de manhã. Tenho muito orgulho de ter feito isso ao longo da minha carreira e espero que os outros façam o mesmo. Há muita gente que diz ‘a vida não é assim’… Eu acho que deve ser mesmo assim”, finalizou Júlio Magalhães.

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