Qual a melhor solução de poupança? Pôr o dinheiro debaixo do colchão
Recebeu o subsídio de férias e admite investi-lo num produto de poupança? A Deco Proteste realizou um estudo em 21 bancos, para simular uma aplicação de 2500 euros. A conclusão é cruel: guarde o dinheiro debaixo do colchão.
A Deco visitou 21 bancos, no sentido de encontrar a melhor solução para investir 2500 euros. Há casos em que fica a perder (por culpa das comissões e da inflação) e a melhor solução permite-lhe um ganho de 26 euros num ano…
Este teste (realizado em julho) consistiu numa visita a 21 instituições bancárias portuguesas. Nos diferentes balcões, a Deco pediu um conselho para aplicar 2500 euros, por um período de um ano. Ao longo desses 12 meses, o cliente não iria necessitar do dinheiro, de um resgate antecipado.
Os resultados frustram as expectativas de quem quiser uma solução de poupança. Em alguns bancos, que “cobram comissões de manutenção das contas”, se apenas tiver uma aplicação de pequeno montante, “poderá ser melhor manter o dinheiro debaixo do colchão”.
“É o que aconteceria, por exemplo, se constituísse esta pequena poupança no Millennium BCP, no Santander Totta, no Banco Popular, na Caixa Geral de Depósitos, BBVA, Crédito Agrícola, Banco BPI, Montepio, Novo Banco e Bankinter”, realça a Deco Proteste. Nestes bancos, as perdas atingiriam algumas “dezenas de euros”.
Nos bancos onde haveria ganhos, estes não seriam suficientes para cobrir a taxa de inflação (0,7 por cento, em 2016, segundo previsão do Banco de Portugal).
A regra de que a poupança numa instituição é um mau investimento tem uma exceção: o Banco Privado Atlântico Europa. No entanto, o lucro seria pequeno: apenas 26 euros num ano.
A Deco Proteste destaca, no entanto, um aspeto positivo: o facto de os bancos fornecerem ao cliente a Ficha de Informação Normalizada, que permite ao cliente perceber as condições do plano de poupança e riscos associados.
A conclusão do estudo diz-nos que mais vale guardar o dinheiro debaixo do colchão.
