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Quais jovens? Portugal, em 2050, terá a menor percentagem em toda a União

O envelhecimento da população vai agravar-se nos próximos anos. De acordo com o Eurostat, Portugal será o país da União Europeia com a menor percentagem de jovens em 2050. O mesmo estudo mostra ainda que os jovens portugueses estão entre os que dependem dos pais até mais tarde.

Este país é para velhos. Portugal vai ser, no ano de 2050, o país da União Europeia com a menor percentagem de jovens face à população total.

Os dados são do Eurostat: quando chegar esse ano de 2050, Portugal terá apenas 1,023 milhões de crianças com menos de 15 anos, o que corresponderá a apenas 11,5 por cento da população total. Na União Europeia (UE), a média será de 15 por cento.

Quando tal ocorrer, Portugal será o líder europeu entre os países com menos jovens, numa luta apertada com a Eslováquia (11,8 por cento).

Ainda segundo o gabinete de estatísticas da UE, a Alemanha (12,7 por cento) e Grécia (12,9 por cento) serão os países mais próximos neste lado da tabela.

Ao invés, a Irlanda deve manter-se como o país com maior percentagem de jovens na população, com 19,4 por cento. Nesse ano de 2050, os países mais próximos dos irlandeses serão França (17,4 por cento), Reino Unido (17,3) e Bélgica (17,2 por cento).

Quando se aproxima a Semana Europeia para a Juventude, que arranca na próxima segunda-feira, as projeções do Eurostat mostram que Portugal, que já é um dos países com menor percentagem de jovens, irá enfrentar ainda mais dificuldades no domínio da natalidade.

É de salientar que toda a União Europeia perdeu 10 milhões de jovens nas últimas duas décadas. A única exceção foi a Dinamarca.

Em Portugal, a situação agravou-se dos 1,836 milhões de crianças com menos de 15 anos (em 1994) para os 1,522 milhões (2014), com o peso dos jovens na população a descer dos 18,4 por cento para os 14,6 por cento.

Há duas décadas, havia mais nove países com menos jovens do que por cá. No ano passado, já só eram sete países. Em 2050, de acordo com as projeções citadas, não será nenhum.

Entre 1994 e 2014, Chipre (8,9 por cento), Polónia (8,7), Eslováquia (8,2) e Malta (oito por cento) foram os países onde a queda percentual dos jovens foi mais expressiva.

Efeito canguru

Os mesmos dados do Eurostat apontam ainda para o agravamento do efeito canguru, a expressão utilizada pelos especialistas para denominar os jovens que, sem independência financeira, ficam constrangidos a permanecer em casa dos pais até mais tarde.

Na União, os primeiros a saírem de casa são os suecos, aos 19,6 anos. Em média, os portugueses precisam de mais dez anos para fazerem o mesmo.

Para comparação, refira-se que, em média, o jovem europeu sai de casa aos 26,1 anos.

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