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“Desvio colossal”: PSD e PS trocam mimos sobre afirmação de Passos Coelho

O presidente do PSD lamentara o “desvio colossal” relativamente às metas do anterior governo, no Conselho Nacional social-democrata. André Figueiredo, secretário nacional do PS, reage, considerando que esta afirmação é uma “irresponsável”. O PSD contra-ataca, na voz de Miguel Frasquilho: “A nossa meta é cumprir o défice de 5,9 por cento”. 

O Partido Socialista reagiu mal aos ecos do Conselho Nacional do PSD, que apontam para um desvio nas contas públicas, que coloca em causa os objetivos e metas definidos. Passos Coelho traçou um cenário negro, o que pode funcionar, segundo o PS, como um turbilhão nos mercados, com prejuízo para Portugal.

O socialista André Figueiredo lembrou a “instabilidade dos mercados” e o próprio ataque de algumas agências de rating, como a Moody’s, que estão em permanente vigilância sobre a realidade dos países da Zona Euro. “Passos Coelho transmitiu sinais de instabilidade económica de Portugal”, acrescentou.

André Figueiredo criticou Passos pela “ausência de sentido de Estado e responsabilidade” que se “exigem a um primeiro-ministro”. O secretário nacional argumenta que os mercados podem reagir mal a palavras que não sejam bem escolhidas, mesmo que não sejam proferidas em público.

Por outro lado, o facto de não terem sido ditas publicamente confere “falta de frontalidade”, no entender do socialista. “O primeiro-ministro terá de dizer ao país o que encontrou nas contas que não tivesse verificado aquando das reuniões com a troika, ou através das instituições internacionais que tinham conhecimento em detalhe da situação portuguesa”, afirmou André Figueiredo.

Miguel Frasquilho, deputado social-democrata, refuta a ideia de que o primeiro-ministro esteja a ser irresponsável, ou que pretenda desviar-se da sua meta: “cumprir o défice de 5,9 por cento” ainda em 2011. Frasquilho não dá relevância à expressão de Passos Coelho, no Conselho Nacional.

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