A cantora Lily Allen, que já teve dois abortos espontâneos, declarou-se ontem a favor da interrupção voluntária da gravidez, no Twitter. “As crianças são adoráveis mas dão muito trabalho” e, sem apoio, a mulher “pergunta-se o que teria sido a vida se nunca tivesse tido aquele filho”.

A cantora britânica Lily Allen declarou ontem ser a favor da favor da interrupção voluntária da gravidez, com mensagens publicadas na rede social Twitter. O tema voltou à ordem do dia no Reino Unido depois do secretário de Estado da Saúde, ter anunciado que vai propor a redução do período máximo para o aborto das 24 para as 12 semanas.

“A mulher fica profundamente triste e sente-se sozinha, sem apoio, e mesmo assim aquele bebé é amado mais do que qualquer coisa”, reconheceu Allen, que espera o segundo filho e que, antes de ter o primeiro, foi vítima de dois abortos espontâneos. “Ela pergunta-se o que teria sido a sua vida se nunca tivesse tido aquele filho. Para todos os pró-vida a fazerem-me ‘spam’ com merdas, esta é uma das razões pelas quais acredito que uma mulher tem direito a escolher”.

Outro motivo avançado pela cantora é a dificuldade, cada vez maior, em conciliar a vida familiar com o ritmo da sociedade. “As crianças são adoráveis mas dão muito trabalho”, desabafou Lily Allen: “um bebé não pode estar sozinho em casa um dia inteiro enquanto trabalhamos. Há alguns pais que levam esta responsabilidade a sério, estes homens deviam ser aplaudidos”.