A Rússia assumiu hoje uma posição de apaziguamento face à Ucrânia, após meses de tensão e que resultaram, até ao momento, na mudança de soberania sobre a Crimeia.
O Presidente russo quis dar uma prova de ‘boa vontade’ e mandou recuar as tropas russas que estavam estacionadas junto à fronteira com a Ucrânia.
A decisão foi anunciada após a reunião de Vladimir Putin com Didier Burkhalter, o presidente da Suíça que preside também à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.
Para além de mandar as tropas recuarem para zonas de treino, o chefe de Estado da Rússia ‘sugeriu’ aos revoltosos ucranianos (a maioria pró-russa) que adiem os referendos separatistas agendados para dia 11 de maio.
A proposta surge após uma escalada dos confrontos, na região de Donesk, entre os apoiantes do regime interino ucraniano e as milícias pró-russas. Só em Odessa os confrontos provocaram 46 mortos durante o último fim de semana.
De acordo com o Kremlin, Putin apelou ao adiamento dos referendos por não existirem condições de diálogo entre os grupos separatistas e o Governo interino da Ucrânia.
Sobre as eleições nacionais de 25 de maio, o Presidente russo afirmou que a Ucrânia deu passos “na direção certa”, mas lembrou que para o sufrágio ser válido tem de ser respeitados os direitos de “todos os cidadãos”, nomeadamente os pró-russos que estão em maioria nas cidades do leste ucraniano.
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