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Putin diz que Coreia do Norte está pronta a avançar para a desnuclearização

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje a Coreia do Norte está pronta a avançar para a desnuclearização, mas precisa de sérias garantias de segurança para o fazer.

“É possível (…) a Coreia do Norte precisa de garantias de segurança, isso é tudo”, disse Putin, em conferência de imprensa, após o encontro com o líder-norte coreano, Kim Jong-un, na cidade de Vladivostok, na Rússia.

Vladimir Putin afirmou que “não há segredos” ou “conspirações” com os Estados Unidos sobre as conversas que manteve com o líder norte-coreano sobre a desnuclearização da península coreana, sublinhando que Moscovo e Washington partilham o interesse no desarmamento da Coreia do Norte.

Durante a receção que ofereceu ao líder norte-coreano, Vladimir Putin assegurou que “não há alternativa” a uma solução pacífica na questão nuclear na península coreana, e mostrou-se disposto a uma maior cooperação para reduzir as tensões entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

“Partimos do facto de que não há e não pode haver uma alternativa à solução pacífica da questão nuclear e aos outros problemas da região”, disse Putin.

O Presidente russo manifestou-se disponível para aumentar a cooperação no sentido de reduzir as tensões na península coreana, afirmando que “juntos podem mover montanhas”.

“Estou convencido de que a chave do sucesso está bem aqui”, vincou Putin, acrescentando: “com a participação ativa da comunidade internacional, de todos os países interessados, alcançaremos com segurança os objetivos de garantir uma sólida paz, estabilidade e prosperidade na península coreana”.

A cimeira entre os dois líderes ocorreu numa altura em que a Coreia do Norte procura nova apoios internacionais para o seu braço de ferro com os Estados Unidos.

A última vez que um líder da Coreia do Norte se reuniu com um homólogo russo foi há oito anos, quando Kim Jong-Il (pai do atual dirigente norte-coreano) se encontrou com Dmitri Medvedev, o atual primeiro-ministro russo.

A reunião entre os dois dirigentes surge dois meses após a segunda cimeira entre Kim Jong-un e Donald Trump, em fevereiro, no Vietname, que ficou marcada pelas exigências da Coreia do Norte de um maior alívio de sanções impostas pelos Estados Unidos em troca do desarmamento nuclear.

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