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Putin considera “arbitrária” condenação de espia russa nos EUA

O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou hoje como “arbitrária” a condenação nos Estados Unidos a 18 meses de prisão da cidadã russa Maria Butina, acusada de ser uma agente de Moscovo.

“É arbitrário e não entendemos por que foi sentenciada”, disse Putin numa conferência de imprensa, após a cimeira das Novas Rota da Seda, realizada hoje em Pequim.

A cidadã russa Maria Butina foi sentenciada na sexta-feira a 18 meses de prisão por um tribunal de Washington, por se infiltrar no aparelho político norte-americano através das suas ligações com a NRA, o poderoso lobby pró-armas.

“Não há nada de que possam acusá-la, mas para que esse caso não pareça completamente ridículo, condenaram-na a 18 meses de prisão”, disse o Presidente russo.

Acusada de “conspiração” para “promover os interesses da Rússia”, Maria Butina foi presa em julho de 2018.

Ela tem cooperado com a justiça norte-americana desde que se considerou culpada, em dezembro, de atuar como agente de um país estrangeiro sem notificar oficialmente o Governo, o que levou a uma acusação de “espionagem leve” pela procuradoria dos EUA.

A diplomacia russa tinha já denunciado fortemente, na sexta-feira, as acusações “reduzidas a zero” e a condenação “politicamente motivada”, que tinha como alvo Maria Butina.

“A nossa compatriota apenas foi condenada porque é uma cidadã russa”, adianta o texto, considerando Butina “vítima de um rude confronto entre diversas forças políticas nos Estados Unidos e de uma campanha anti-Rússia, enraizada no espírito do macarthismo”.

Butina, que já passou nove meses em prisão preventiva, será recambiada para a Rússia após os nove meses restantes de prisão.

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