Carles Puigdemont exortou os líderes da União Europeia a tomarem uma posição sobre a Catalunha, questionando diretamente Juncker e Tajani: “Querem uma Europa com um Governo na prisão?”
O presidente interino da República Catalã e/ou presidente destituído da região autónoma da Catalunha acusou os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, de pactuarem com o “golpe de Estado” cometido por Espanha.
Puigdemont deixou a pergunta aos líderes europeus: “Vão aceitar o resultado da votação dos catalães” nas eleições de 21 de dezembro, marcadas pelo Governo espanhol, “ou vão continuar a ajudar o senhor Rajoy neste golpe de Estado?”
E insistiu: “Senhor Juncker, senhor Tajani, é esta a Europa que nos convidam a construir? Uma Europa com um Governo na prisão?”
Esta foi a primeira intervenção pública de Carles Puigdemont depois de se ter entregue à justiça belga para que fosse cumprido o mandado de detenção europeu emitido por Espanha.
Na Bélgica, onde se encontra em liberdade condicional, o líder catalão exigiu a Espanha que acabe com a repressão e exigiu às autoridades comunitárias que monitorizem a crise política e social na Catalunha.
“Convido todas as autoridades a assegurarem a normalidade democrática nas próximas eleições, sem presos políticos, polícia ou repressão”, exortou Puigdemont, após um encontro, em Bruxelas, com cerca de 200 autarcas catalães.
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