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O cancro depende sobretudo de fatores externos ao ser humano

De acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, o cancro resulta sobretudo de fatores ambientais, ou fatores externos. Esta conclusão vem acentuar as divergências entre os cientistas, relativamente às origens do cancro.

Pesquisa realizada pelo instituto Stony Brook Cancer Center, de Nova Iorque, publicada na revista especializada Nature, sugere que o cancro tem sobretudo origens em fatores ambientais.

A comunidade científica não se entende. Um novo estudo realizado no Stony Brook Cancer Center, em Nova Iorque, atribui fatores aleatórios como origem do cancro.

Acontece que, no início do ano, outros investigadores defenderam que 65 por cento dos cancros tinham origem em comportamentos individuais, como, por exemplo, a alimentação ou hábitos como fumar.

Porém, uma nova pesquisa deste instituto de Nova Iorque, estas percentagem são muito inferiores e ficam-se pelos 30 por cento. Ou seja, a maioria dos casos seriam prevenidos se evitássemos os fatores externos.

“Os fatores externos têm um papel importante e as pessoas não podem esconder-se atrás do azar. Elas não podem fumar e falar que é falta de sorte se tiverem cancro”, afirma Yusuf Hannun, diretor do instituto nova-iorquino, em declarações à BBC.

Hannun faz uma comparação: “É como uma pistola numa roleta russa, em que o risco intrínseco é a bala. Uma em cada seis pessoas terão cancro. Este será o azar. Mas o que um fumador faz é acrescentar duas ou três balas à pistola e carregar no gatilho. Ainda haverá um elemento de sorte, já que nem todos os fumadores desenvolverão cancro, mas eles aumentam as probabilidades contra si”.

Mantendo a comparação, o investigador defende que é possível “remover o máximo de balas possíveis” da arma.

De acordo com esta pesquisa, o cancro surge no momento em que uma das células-tronco do corpo que começa a funcional mal e se divide de forma descontrolada.

Esse processo poderá ser efeito de fatores intrínsecos, do modo como o corpo funciona, por exemplo, ou de fatores externos, como o tabagismo e os raios ultravioleta, por exemplo.

Os estudos que foram conhecidos divergem no que diz respeito à percentagem de casos de cancro resultantes de fatores intrínsecos ou externos.

Recorde-se que em janeiro um estudo publicado na revista prestigiada Science, defendeu a teoria de que o “azar” está na origem do cancro, no modo como as células se dividem descontroladamente – algo que não podemos controlar.

Recorrendo a modelos criados em computadores, dados populacionais e genéticos, os investigadores determinaram que entre 70 e 90 por cento do risco tem origem em fatores externos.

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Etiquetas: CancroEstudo Saúde

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