PSP de Lisboa garantiu, hoje, que a atuação dos seus agentes durante a manifestação de ontem foi irrepreensível, perante os comportamentos violentos nas imediações da Assembleia da República. O Partido Ecologista ‘Os Verdes’ emitiu um comunicado onde se congratula com a greve e lamenta os confrontos com as forças de segurança.

A atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) na manifestação de ontem à noite junta à Assembleia levou o Comando de Lisboa daquela força de segurança a elogiar a operação de reposição da ordem pública.

A intervenção das forças de segurança justificou-se, perante o cenário de violência criado por um grupo de cidadãos. Entretanto, ‘Os Verdes’ emitiram um comunicado onde lamentam “todos os atos de violência ocorridos ontem, ao fim da tarde, na manifestação frente ao Parlamento”.

Numa nota divulgada pela imprensa, o Partido Ecologista ‘Os Verdes’ “congratula-se com a enorme adesão dos trabalhadores à greve geral de ontem”, ação de luta que foi convocada pela CGTP, mas repudia todos os comportamentos que não respeitem a ordem pública.

Já a greve merece elogios por parte daquele partido. “A participação na greve geral de ontem demonstra ainda, especialmente no momento atual de crise que se vive, uma enorme coragem por parte de todos os trabalhadores que, em consequência da adesão, vão perder um dia de salário”, realça o comunicado.

O PEV considera ainda que este “forte protesto às políticas de austeridade “ do Governo e da troika “não pode continuar a ser ignorado” pelo executivo de Passos Coelho, “que deve retirar as devidas conclusões da contestação que este dia representou e a exigência urgente de políticas alternativas”.

“A participação dos trabalhadores, nomeadamente da administração pública, neste dia de luta e contestação, visa não só defender os postos de trabalho e colocar em causa as políticas governamentais e da troika que têm sido implementadas em Portugal, mas também defender o estado social, os serviços públicos e os seus utentes, sendo ainda uma clara tomada de posição contra a privatização destes serviços”, concluem os ecologistas.

A greve de ontem afetou os setores privado e público, transportes, educação, saúde, justiça e também os consulados. O protesto terminou da pior forma, com violência junto à Assembleia e com uma intervenção da PSP de Lisboa.