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PSP acusada de despejo violento e destruição de material do coletivo

escola_devolutaTodo o material que se encontrava no interior da Escola da Fontinha, localizada no Porto, e que estava ocupada pelo coletivo Es.Col.A, foi destruído pela Polícia de Segurança Pública (PSP), segundo revela a agência Lusa. Os elementos do grupo queixam-se de violência escusada e excessiva, por parte das forças de segurança.

O equipamento que se encontrava no interior da Escola da Fontinha e que pertencia ao coletivo que ocupava o espaço foi destruído pelas PSP, de acordo com informação da agência Lusa. Esta força de segurança e também a Polícia Municipal são acusadas de atos violentos contra os membros do grupo.

Recorde-se que o coletivo Es.Col.A foi despejado da escola da Fontinha, ontem. A autorização para ocupar aquele espaço terminara em março e, não obstante o trabalho realizado em prol da comunidade local, a Câmara Municipal do Porto não renovou do acordo, o que levou a PSP a cumprir a ordem de despejo.

O Es.Col.A ocupava o espaço que não lhe pertencia, no âmbito de um projeto de reabilitação do edifício e de dinamização sociocultural do bairro. Falhado o acordo com a Câmara do Porto para a continuidade da iniciativa, as autoridades procederam a um despejo que resultou em diversas ações violentas.

Ana Afonso, elemento do grupo, denunciou um alegado excesso de zelo das autoridades. “Estão aqui 20 carrinhas da polícia, vários carros e um cordão policial. O bairro está cercado. O despejo está a ser feito de forma violenta: uma moradora disse-me que estavam a bater nas pessoas”, revelou.

O coletivo ocupou o espaço em abril de 2011, reabilitando o edifício e trabalhando com a vizinhança em iniciativas sociais culturais. Cerca de um mês depois, a Câmara do Porto ordenou um primeiro despejo, mas acabou por chegar a um acordo posterior e a emitir uma licença provisória para a ocupação do espaço. Essa licença expirou o que suscitou a medida das autoridades, ontem.

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