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PSOE apresenta queixa a PS sobre apoio a moção sobre “repressão” na Catalunha

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) vai apresentar uma “queixa formal” ao PS português por ter apoiado uma moção na Assembleia Municipal de Lisboa que denuncia a “repressão” na Catalunha, noticia hoje o diário espanhol El País.

O texto, aprovado na quinta-feira com os votos do PS, critica “a repressão do povo catalão” e exige a liberdade dos “presos políticos”, em alusão a Oriol Junqueras e aos outros 11 condenados no julgamento dos políticos catalães envolvidos na tentativa de independência da Catalunha.

O PSOE vai enviar uma queixa formal aos socialistas portugueses para expressar a sua inquietação face a uma moção que denuncia a “deriva autoritária” do Estado espanhol na Catalunha, segundo El País, que cita fontes socialistas espanholas ouvidas pela agência de notícias espanhola Europa Press.

Na missiva que vai ser enviada, os socialistas espanhóis irão manifestar o seu mal-estar perante a “profunda ignorância” da realidade espanhola que, na sua opinião, a moção aprovada demonstra, e deixarão claro que Espanha é um Estado democrático, onde a Constituição e as suas leis são aplicadas.

A moção foi aprovada numa altura em que o Governo socialista espanhol realiza uma intensa campanha internacional para combater a propaganda independentista no estrangeiro.

O executivo espanhol tem utilizado todos os meios possíveis para explicar no exterior que os líderes da tentativa de autodeterminação na Catalunha não estão presos pelas suas ideias políticas, mas por terem posto em marcha um processo para declarar a independência de uma região espanhola, violando a Constituição do país.

Segundo a fonte socialista espanhola, a relação do PSOE com o PS, que governa em Lisboa e em Portugal, é muito boa e a posição assumida pelos socialistas portugueses surpreendente.

Na opinião da mesma fonte, a posição do PS deve-se à ignorância dos deputados municipais sobre a situação na Catalunha.

Entretanto, a Câmara Municipal de Lisboa emitiu um comunicado em que “esclarece que apenas as decisões tomadas em sede de reunião de vereadores vinculam a Câmara Municipal de Lisboa, e que nenhuma deliberação foi tomada, ou será aprovada, com esse teor”.

“A posição da Câmara Municipal de Lisboa é a este respeito inequívoca: total respeito pela soberania do estado espanhol, da sua constituição, das suas leis e do funcionamento das suas instituições”, segundo o mesmo comunicado.

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