Alberto João Jardim ‘ganhou’ uma página oficial de apoio à candidatura ao PSD/Madeira, mas ja fez saber que está a ser vítima de fraude e reiterou que não voltará a avançar. Indiferente a esta confusão sobre a página no Facebook está Miguel Albuquerque, candidato assumido em qualquer caso.

Alberto João Jardim tem uma conta no Facebook como “página de apoio à candidatura à liderança do PSD/Madeira e às eleições legislativas regionais de 2015”, o que agitou de imediato a política no arquipélago.

Depois de meses a reiterar que não voltaria a ser candidato, iria Jardim voltar atrás na palavra?

Através de um comunicado emitido pela Presidência do Governo regional, Alberto João Jardim fez saber que não é candidato e explicou-se: está a ser vítima de fraude.

“A Presidência do Governo regional da Madeira esclarece que se trata de uma manobra abusiva de alguém não identificado, logo uma fraude, não só a criação de um ‘sítio’ informático visando a recandidatura de Alberto João Jardim ao seu partido, como a pretensa adesão de outras instituições a tal local”, salienta o texto, partilhado no Facebook do executivo madeirense.

O Facebook de apoio à candidatura que João Jardim diz ser fraudulento surge em vésperas do ‘número dois’ do Governo regional, João Cunha e Silva, anunciar que será um dos candidatos ao PSD/Madeira e, em caso de vitória, às eleições legislativas regionais.

Para além de João Cunha e Silva, nesta corrida pela liderança ‘laranja’ devem entrar Miguel Sousa, Sérgio Marques, Manuel António Correia e Miguel Albuquerque, este o último a enfrentar Jardim num duelo polémico.

O advogado, de 48, assegurou que será candidato “em qualquer cenário”: quer Jardim avance, quer a página seja fraudulenta e Jardim não se recandidate.

“Olhar para trás nem para tomar balanço”, sustentou Miguel Albuquerque, em declarações ao Sol.

O ex-autarca negou ainda as “especulações” de ter ‘oferecido’ uma futura presidência do Parlamento regional a João Cunha e Silva para que este desistisse da candidatura à liderança do PSD/Madeira.

Apesar da candidatura ser “irreversível”, a verdade é que esteve perto de nem ser concretizada. Isto porque foram apresentadas duas queixas, no Conselho de Jurisdição do partido, cuja penalização pedida foi a expulsão do militante Miguel Albuquerque.

Ambas as queixas foram apresentadas pelo presidente do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, depois do militante ter abordado, em entrevistas distintas, a “caça às bruxas” no interior no partido e o “medo de mim” (Albuquerque) que Jardim teria.

“Nunca fiquei a tremer com qualquer processo”, respondeu: “os processos foram bem arquivados”.

As diretas do PSD/Madeira estão marcadas para 19 de dezembro e o congresso para 10 de janeiro de 2015.

As eleições regionais serão em outubro do próximo ano.