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PSD tem de ser “insistente” na explicação do memorando “aos adversários políticos”

miguel_macedoSerá que a explicação do memorando com a troika é tão importante como a aplicação? Uma das figuras de proa do PSD, Miguel Macedo, considera que sim e critica o partido por não ser “insistente” na justificação das medidas perante os “adversários políticos”.

A política implica, regra geral, dividir as medidas entre a aplicação na prática e a justificação na teoria. Miguel Macedo, dirigente do PSD que atualmente lidera o Ministério da Administração Interna (MAI), é um defensores desta premissa, tendo hoje criticado o próprio partido por se dedicar em exclusivo à aplicação do memorando assinado com a troika, descuidando a explicação do mesmo à oposição.

Essa falha tem permitido que, de vários quadrantes políticos, surjam ataques contra o PSD por não aplicar medidas de apoio ao emprego e ao crescimento económico. “No imediato não há qualquer meta contida no memorando de entendimento assinado com a troika que tenha como objectivo privilegiar o crescimento económico e o emprego. Pelo contrário, o memorando aposta para um conjunto de metas que conduzem inevitavelmente à recessão económica”, admitiu o ministro, em declarações proferidas num jantar da distrital do PSD/Oeste realizado ontem à noite no Carregado, em Alenquer.

Miguel Macedo frisou não perceber “por que é que o partido não diz isso de forma insistente aos adversários políticos”, dando argumentos a um PS que, quando foi Governo, “negociou e assinou” o memorando: o mesmo PS que, agora na oposição, vem “exigir crescimento económico e criação de emprego ao abrigo do memorando”.

Um potencial investidor estrangeiro, se prestar atenção ao debate político nacional, poderá duvidar das intenções nacionais ao reparar que um dos partidos que assinou o memorando está na disposição de não o cumprir, alertou o ministro, realçando a importância de que o país “ganhe todos os dias credibilidade junto das instituições externas”.

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