O PSD defendeu hoje a generalização da contratualização da gestão privada e social na saúde, considerando ser necessário “quebrar um tabu ideológico” de um modelo para “salvar e não eliminar” o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Na apresentação das linhas gerais do documento “Uma política de Saúde para Portugal” – que apenas será divulgado na íntegra na segunda-feira no ‘site’ do partido -, o coordenador do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD para esta área, Luís Filipe Pereira, considerou que “é incorreto” chamar privatização da saúde a este modelo, tratando-se de “generalizar o modelo das Parcerias Público-Privadas” (PPP) já existente.
“Temos x unidades que hoje, tirando quatro, são totalmente públicas. O que queremos é alargar esse universo de gestão privada ou social de hospitais que são hoje públicos para acolher mais eficiência e garantir a generalização do acesso”, explicou o ex-ministro da Saúde de Durão Barroso e Santana Lopes.
Questionado sobre qual o limite para esta contratualização – que não abrangeria apenas hospitais -, Luís Filipe Pereira não quis quantificar um teto, dizendo que seria “um caminho progressivo” e que, pelo menos para já, “o Estado continuaria a ser maioritário”.
Quer Luís Filipe Pereira, quer o presidente do CEN, David Justino, afirmaram que o ‘powerpoint’ hoje apresentado não altera significativamente a versão do documento que foi apresentada na Comissão Política Nacional em julho e negaram que, nesta reunião, tenha havido ameaças de demissão de dirigentes ou sequer “uma violenta discussão”, como foi noticiado.
“Obviamente num partido democrático há opiniões diferentes, houve debate natural, houve pontos de vista por vezes diferentes”, desvalorizou Luís Filipe Pereira.
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