PSD: Maria Luís Albuquerque relança eventual candidatura

Apontada por muitos como sucessora de Passos Coelho na liderança do PSD, Maria Luís Albuquerque foi contratada pela Arrow. Com a polémica a perder força, a ex-ministra das Finanças deu uma entrevista ao Diário de Notícias para se reposicionar, mesmo sem “vontade”.

A rapidez com que passou do Ministério para a financeira privada gerou um burburinho que ‘arrefeceu’ a onda de apoio a Maria Luís Albuquerque, que muitos no PSD viam como a próxima presidente, até pela proximidade ao atual líder, Pedro Passos Coelho. Com o tema Arrow a sair do palco mediático, a entrevista da antiga governante ao DN permitiu recuperar a abertura para uma candidatura partidária.

“Relativamente a matérias dessa natureza não se deve dizer nunca”, esclareceu Maria Luís Albuquerque, quando confrontada com a possibilidade de ser líder do PSD: “Depende muito das circunstâncias. Se me pergunta se tenho vontade ou se tenho essa intenção, não a tenho, mas nestas matérias afirmações absolutas de nunca parecem-me contraproducentes”.

Até porque, continuou a deputada, uma saída de cena de Passos Coelho “não está em cima da mesa”, o que levou a ex-ministra a criticar o “hábito pouco saudável em relação a líderes que acaba de ser reeleitos com uma maioria esmagadora de estar já a falar de quem é que os sucede”.

“Ignorância”

Sobre a polémica contratação pela Arrow, a deputada voltou a lamentar a “ignorância” dos que lhe apontaram falta de ética: “A questão de ‘em política o que parece é’ é uma citação de Salazar e eu, citações de Salazar, não aprecio. A questão foi colocada logo de início de forma errada, primeiro revelando uma enorme ignorância sobre o que é a atividade de uma empresa destas e até de um princípio errado que era uma atividade que eu teria tutelado enquanto ministra das Finanças”.

Sobre a outra polémica em que se viu envolvida, o Banif, Maria Luís Albuquerque salientou que “o que aconteceu no fim foi uma surpresa e é uma matéria que tem de ser esclarecida”.

“Descontrolo”

A antiga responsável pelas Finanças de Portugal criticou a “falta da qualidade das políticas” do Governo socialista, baseadas “numa estratégia que é errada, como na inconsistência e na incapacidade para serem atingidas as metas, com as consequências que isso traz”.

Os três meses de execução orçamental mostraram “vários sinais preocupantes”, continuou a deputada, apontando o “descontrolo e uma provável inconsistência entre as metas traçadas pelo orçamento e aquilo que são as necessidades dos diversos setores”.

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