Líder do PSD, Pedro Passos Coelho, foi recebido pelo Presidente da República, numa audiência em que manifestou desagrado pelo comportamento “imperdoável e desleal” do Governo.
Se existissem dúvidas quanto à firmeza da posição do PSD no diferendo com o Governo, ficaram totalmente dissipadas com as declarações de Pedro Passos Coelho aos jornalistas. O líder social-democrata revelou o que transmitiu a Cavaco Silva e foi duro nas críticas a José Sócrates.
Pedro Passos Coelho revelou a Cavaco Silva a posição social-democrata sobre o novo PEC: “Estas medidas de austeridade são gravosas e extremamente injustas. O PSD não pode dar o seu aval a estas medidas”.
“Transmiti ao Presidente da República que o PSD considera que o Governo atuou de forma imperdoável e desleal para com as instituições e os portugueses. Negociou um quadro de pedido de ajuda externa, enquanto negava ao País a necessidade de mais austeridade”, acusou Passos Coelho.
Nesse sentido, o PSD “não está disponível para ajudar o Governo”, nem abdica dessa posição para que Sócrates possa “descalçar uma bota que calçou quando se comprometeu externamente com um quadro de medidas adicionais de austeridade”.
Passos Coelho, que falou com Cavaco Silva durante cerca de uma hora, salienta que o Governo “disse aos portugueses que essas medidas não eram necessárias”.