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PSD e PS com passos trocados ao som do tango de Cavaco


O Presidente da República aconselha a um “fim de crispação” e a um “esforço de concertação” entre PSD e PS, mas Passos Coelho e José Sócrates nem se cumprimentaram, na cerimónia do 25 de abril, em Belém. Regressa a história do tango, com passos trocados.

Passos Coelho não viu ou não quis ver o cumprimento de Sócrates. Separados ideologicamente, os dois líderes também se afastaram em termos físicos, na cerimónia que decorreu no Palácio de Belém. Não se cumprimentaram, apesar do esforço do primeiro-ministro demissionário, que lançou um frio “tudo bem”, que Passos não ouviu.

Mas ouviu os apelos de Cavaco, a um esforço de “concertação” entre Governo e partidos da oposição, que preparam a campanha eleitoral em tom… crispado, ao mesmo tempo que prosseguem as manobras de ajuda externa. Cavaco pede um ‘tango’ aos líderes dos principais partidos, em nome da “salvaguarda do interesse nacional”, mas os passos estão trocados.

Cavaco quer “espaços de entendimento”, mas os passos estão trocados. Quer “soluções”. Mas os passos não se acertam. A frieza e distância física entre Coelho e Sócrates, no Palácio de Belém, não transmitem qualquer esforço, espaço ou soluções.

Sócrates sempre disse que quer dançar um tango, a dois, mas a verdade é que ficou sozinho. No PEC 4 e ontem, em Belém. Passos não revela a abertura que se exige, segundo Cavaco, ao “Governo que sairá das eleições” do dia 5 de junho. A governabilidade de Portugal pode ficar em risco, se as aparências do 25 de abril de Belém não iludirem.

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