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PSD defende equilíbrio entre saúde e economia e aguarda explicações do Governo

O PSD defendeu hoje que terá de haver um equilíbrio entre uma abertura “controlada” da economia e as garantias para a saúde pública, dizendo aguardar pelas explicações que o Governo irá dar na quarta-feira aos partidos.

No final da reunião com especialistas no Infarmed, após a qual o Presidente da República anunciou que o estado de emergência terminará no sábado à meia-noite, o vice-presidente da bancada do PSD e médico Ricardo Baptista Leite não disse se o partido apoia ou não esta posição, e avisou que “o surto não está controlado”.

“É fundamental que os portugueses percebam que, quando se levantarem as medidas de confinamento, não vamos voltar ao mundo como o conhecíamos antes e vamos ver o aumento do número de casos, é uma inevitabilidade que foi aqui claramente demonstrada”, apontou.

O deputado do PSD defendeu que o fundamental é que esse desconfinamento seja feito “de forma controlada”, de forma a garantir que “o Serviço Nacional de Saúde consegue manter a sua resposta num equilíbrio com a economia”, cuja abertura também considerou necessária.

“É esse equilíbrio que precisamos de discutir com o Governo. O PSD mantém o seu espírito colaborativo para, a partir da Assembleia da República, encontrar todas as soluções legais, juntamente com o Governo, para garantir que Portugal e os portugueses tenham a melhor resposta possível à covid-19”, assegurou.

Questionado por diversas vezes se o PSD apoia o levantamento do estado de emergência, Ricardo Baptista Leite remeteu uma posição para o presidente do PSD, Rui Rio (que acompanhou a reunião do Infarmed por videoconferência), após a reunião de quarta-feira com o primeiro-ministro.

“O Presidente da República é quem tem a prerrogativa de decidir. O que o senhor Presidente acabou de deixar claro é que há uma posição concertada com o Governo. O PSD irá aguardar pela reunião com o Governo para compreender os mecanismos legais previstos para garantir que o cabal controlo deste surto seja assegurado”, respondeu.

O deputado e médico fez questão de salientar que Portugal “ainda está a meio da luta” contra a pandemia e que para “vencer a batalha” precisa de garantir que “os portugueses continuem a cumprir, como têm feito”.

Baptista Leite revelou que, na reunião com os epidemiologistas, foi transmitido que o número de pessoas que cada doente infeta (o chamado índice R0) continua superior a um, quer na zona de Lisboa (onde é de 1,18), quer no Norte (1,01).

“Significa isto que o vírus ainda está presente na comunidade e foi dito pelos especialistas que o surto não está ainda controlado”, disse.

Por outro lado, ressalvou, registou-se uma redução no número de óbitos e dos internamentos, incluindo em cuidados intensivos.

“O PSD considera que todos estes dados devem ser tomados em conta: queremos que haja um levantamento o mais célere possível a bem não só economia, mas também do bem-estar social, mas que possa ser feito de forma equilibrada, sem comprometer a saúde pública dos portugueses”, afirmou.

Antes de iniciar a sua declaração em nome do PSD, Baptista Leite fez questão de deixar, a título pessoal, um apelo aos portugueses para que “mantenham a contenção” neste regresso à sociedade.

“Todos temos verificado que há cada vez mais pessoas na rua, peço-lhes por favor que utilizem máscara, sempre que estiverem na presença de outros, que mantenham o distanciamento físico. Será critico para que a segunda vaga desta infeção não seja maior do que aquela que podemos comportar como país”, disse.

O deputado salientou que da reunião de hoje “ficou claro” que foi “o cumprimento muito rigoroso pelos portugueses na fase inicial da pandemia” que permitir “aplanar o número de novos casos e reduzir o impacto para o SNS”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322.

confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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