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PSD e CDS atacam política de “encontrões” e isolamento do Governo nas leis laborais

A direita está a favor do acordo de concertação social, hoje em debate no parlamento, mas o PSD atacou a política de “encontrões” à esquerda e o CDS questionou o isolamento do Governo neste capítulo.

No debate sobre as alterações às leis laborais, do Governo e dos partidos de esquerda, na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado social-democrata Adão Silva ironizou com as divergências dentro dos partidos da esquerda.

“Ainda não percebeu que acabaram os tempos festivaleiros das revogações e agora é mesmo o tempo dos encontrões”, questionou Adão Silva, virando-se para as bancadas do PS, PCP, BE e PEV.

Adão Silva declarou-se perplexo por, dentro do PS, se admitirem alterações à proposta de lei do Governo que reflete o acordo de concertação social, afirmando que os socialistas podem estar a preparar-se para “roer a corda”.

E foi exatamente este cenário, de alterações à proposta, na especialidade, que levou o deputado do CDS António Carlos Monteiro a perguntar ao ministro do Emprego, Vieira da Silva, que consequências retirará em caso falhar ou as alterações irem além do acordo.

Vieira da Silva não respondeu e, mais tarde, o deputado centrista Filipe Anacoreta Correia acusou o Governo de estar “rodeado por dentro”, da maioria de esquerda.

Para Anacoreta Correia, o Governo está “em risco de isolamento”, “sem pontes nem diálogo”, vive “orgulhosamente só” e chega a provocar “quem precisa” para aprovar as suas propostas.

A Assembleia da República debate hoje 19 diplomas com alterações ao Código do Trabalho, entre os quais a proposta do Governo que reflete o acordo de Concertação Social, mas só alguns, do BE e PCP, serão votados pelo plenário.

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