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“PS viabilizou a troika e depois surge como salvador da pátria”, afirma Miguel Albuquerque

Miguel Albuquerque recorda a Rui Rio as dificuldades de Passos Coelho em assumir a oposição para exigir que o próximo presidente do PSD não adira à “praga do politicamente correto”, a mesma que permitiu ao PS “aparecer como grande salvador da pátria”.

Numa entrevista à TSF, o líder do PSD Madeira lembrou que Passos Coelho falhou em passar de governante para líder da oposição, mais parecendo “uma espécie de primeiro-ministro no exílio”.

“Passos Coelho tem de ser visto como um homem que pegou no País à beira, ou na eminência, da bancarrota. Teve de fazer um acordo com os credores”, frisou o madeirense, destancando a “grande coragem” do antigo primeiro-ministro na aplicação das medidas de austeridade.

O ainda presidente do PSD ganhou as eleições, foram “as forças perdedoras” quem assumiu o Governo.

“A situação de Passos Coelho ficou, evidentemente, muito difícil. Era muito difícil fazer esta reconversão de primeiro-ministro para líder da oposição relativamente a uma maioria que foi constituída contra as expectativas dessa mesma maioria”, afirmou Miguel Albuquerque.

E é nesse cenário que Passos Coelho terminou como “uma espécie de primeiro-ministro no exílio” e o PS surgiu “como o grande salvador da Pátria, quando o Governo do PS é que levou o País à bancarrota”.

“O seu Governo subscreveu a intervenção da troika em Portugal – não tinha outra alternativa – e, passado pouco tempo, depois de o trabalho duro ter sido feito aparece como salvador”, insistiu Miguel Albuquerque.

A culpa é da “memória curta” dos portugueses, que “não gostam de olhar para a realidade”.

Cabe agora ao PSD, continuou o líder madeirense, apresentar-se como “verdadeira alternativa” à maioria de esquerda. Um trabalho para Rui Rio, a quem cabe “desmitificar esta solução de esquerda”.

Para o líder do PSD Madeira, Rui Rio não pode ter medo de afrontar “a praga do politicamente correto”.

“Se um político ou qualquer pessoa, hoje em dia, toma uma posição é completamente censurado na internet. Hoje em dia, eu estou condicionado, inclusivamente, a usar um vocabulário que determinadas criaturas acham que é o certo”, frisou Miguel Albuquerque.

“É fundamental afrontar o poder instituído do Partido Socialista, afrontá-lo sem medo porque, hoje em dia, com aquela coisa do politicamente correto, uma pessoa diz qualquer coisa de forma perentória e é logo censurada porque está a ser malcriada ou está a falar alto ou a falar baixo”, concluiu.

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