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PS responde a Passos: “Uma acusação grave tem de ser fundamentada”

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu em Lisboa que o novo Governo de coligação liderado pelo PSD/CDS-PP se deparou com “um desvio colossal em relação às metas estabelecidas” para o défice, relativo ao ano de 2011. Estas afirmações, segundo fontes da direção laranja, foram proferidas durante a Convenção Nacional social-democrata, que se reuniu para eleger um novo secretário-geral.

Pese embora Passos Coelho tenha admitido, há cerca de três semanas, durante o seu discurso de tomada de posse, que o seu governo não iria alegar a existência de uma “herança pesada” deixada pelo Executivo anterior, as afirmações proferidas ontem à noite pelo líder laranja deixam antever a existência de um “buraco” orçamental que pode pôr em causa as metas para o Orçamento de Estado deste ano.

Recorde-se que, há duas semanas, aquando a apresentação do programa do novo Governo, o primeiro-ministro havia já anunciado a criação de um imposto extraordinário que incidirá sobre 50 por cento do subsídio de Natal, por forma a atingir a meta do défice de 5,9 por cento para este ano, meta esta negociada e acordada entre o Executivo anterior, liderado por José Sócrates, e a troika.

O deputado socialista João Galamba reagiu às afirmações do primeiro-ministro proferidas durante a Convenção Nacional do PSD, alegando que as “graves declarações” de Passos Coelho devem ser fundamentadas e que estas põem em causa a imagem de Portugal no exterior, numa altura em que a agência de rating Moody’s aumentou o risco de incumprimento português para o nível “lixo”.

Ainda para o deputado socialista, o novo primeiro-ministro, ao não explicar a derrapagem orçamental, está a pôr em causa a reputação das equipas lideradas pelo FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, que avaliaram as contas públicas portuguesas: “não é só o atual Governo que conhece a realidade deixada pelo PS.

Houve entidades internacionais reputadíssimas que estiveram cá um mês e meio e viram as contas todas. Portanto, o primeiro-ministro tem de explicar o que é que o seu Executivo encontrou que a troika não foi capaz de ver”, remata João Galamba.

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