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PS-Porto com Manuel Pizarro

PS-PortoAntónio Costa foi segundo, quis ser primeiro e foi mesmo. Aqui, no Porto Pizarro foi segundo, à frente de Menezes, pensando que ia ser terceiro, perdeu para um independente não para alguém de outro partido. Fez coligação com Rui Moreira para ter acesso ao poder, não é vice-presidente apesar de se pensar que é. A segunda figura da CM Porto é uma mulher e chama-se Guilhermina Rego. Agora, Manuel Pizarro quer continuar segundo e desiste de tentar ser primeiro.

Li, numa entrevista ao Jornal de Notícias, que Manuel Pizarro é candidato à distrital do Porto do PS, que é uma das maiores distritais do país. Concorre sozinho sem oposição (que raio de democracia interna nos partidos), e ainda não foi eleito e já está a dizer que não concorre à Câmara do Porto. Está prisioneiro de quem?

Que eu saiba um presidente de uma distrital do PS não é situação sine qua non, que seja o próprio a concorrer à Câmara. Ou os cargos no PS servem para ser candidatos a qualquer coisa pública? Segundo os estatutos do PS os militantes do PS terão que ser ouvidos. Ou passa-se por cima deles? Eu pensei que os cargos existem para melhorar o funcionamento de um partido e devolvê-lo aos cidadãos que professam os mesmos ideais. E, cativar novos militantes, simpatizantes e fazer intervenção social económica e política.

O PS às vezes parece que está do avesso. O dever do PS é ter um candidato na maior cidade do país a seguir à capital. Isso não é estar contra ninguém – mas afirmar-se e não renunciar.

Bem tinha razão o decano socialista Orlando Gaspar que foi contra esta coligação do PS com Rui Moreira e que iria trazer problemas no futuro, numa candidatura do PS em 2017. Orlando Gaspar um oráculo que elevou o PS à condução dos destinos do Porto, com um passado emblemático, não se deveria pôr de cócoras e deixar-se subalternizar.

O PS deve, como grande partido, afirmar a sua identidade não abdicar dos seus princípios, não querendo dizer que não possa fazer acordos.

Não sei se o PS fosse o partido mais votado e precisasse do apoio dos votos de Rui Moreira os teria? É uma questão que nunca terá resposta porque não se vai pôr.

Manuel Pizarro que foi subindo na hierarquia do PS por desistência ou impedimento de outros. É um ex- comunista que tem paciência de chinês. Neste caso acabou por chegar ao topo do PS no Porto mas não tem coragem de chegar ao topo da cidade e abdica ou faz com que o PS abdique de ter um candidato próprio. O maior partido no Porto e que teve mais votos verga-se perante um independente. Deveria concorrer separadamente não abdicando da sua identidade e depois das eleições faziam-se as contas.

O que disse Pizarro na entrevista, porventura será melhor concorrer em coligação com Rui Moreira. Sinceramente, acho que falta tanto tempo até 2017. É uma falta de respeito por quem foi eleito e porque quem votou, estar-se a falar de eleições e de algo que só se passará em Setembro de 2017.

Em Matosinhos premeia-se Guilherme Pinto e fustiga-se e ostraciza-se Narciso Miranda. Narciso Miranda tem tido um percurso errático e com acontecimentos inadmissíveis. Mas é preciso ter memória e não esquecer que foi ele que guindou o PS a um lugar único, ajudou e deu lugares a quem hoje o ignora e o repudia. Isso chama-se ingratidão e não ter memória. Narciso ficará na história de Matosinhos e do PS.

Na entrevista só faltou dizer que o candidato do PS em Matosinhos é Luísa Salgueiro, sua amiga inseparável que já foi amiga de Narciso Miranda. Não sei o que está a fazer o presidente da concelhia Ernesto Páscoa? Nunca vi ninguém que tanto defende o PS e procura a sua unidade ser enxovalhado e posta em causa a sua autoridade. No fundo estar a fazer figura de corpo presente. Lamentável!

Quando dá jeito somos pelo PS, outras vezes por independentes, não esquecendo os amigos e as amigas.

Pelo que vejo o PS, assim não vai longe. E será a grande oportunidade do PSD se afirmar com uma candidatura no Porto bem pensada.

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