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PS nega estar condicionado por PCP e Bloco e acusa PSD de criar caso “inexistente”

O PS acusou hoje o PSD de forçar um “inexistente” nexo de causalidade entre a atual maioria de esquerda parlamentar e a posição do Governo português no caso “Skripal”, não optando pela expulsão imediata de diplomatas russos.

Esta posição foi assumida em conferência de imprensa pelo vice-presidente da bancada socialista Pedro Delgado Alves, ocasião em que também apontou haver desconhecimento dos sociais-democratas em relação às posições do Bloco de Esquerda e do PCP sobre este caso.

Momentos antes o PSD acusara o Governo de ter uma posição “tímida e condicionada” pelo PCP e BE no caso “Skripal” e defendeu a expulsão imediata de diplomatas russos, tal como fizeram a maioria dos países da União Europeia.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, anunciou ainda que o será requerida uma “audição urgente” do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, para dar esclarecimentos sobre esta matéria na Assembleia da República.

Para Pedro Delgado Alves, no entanto, neste caso, “não há condicionamento algum [por parte do PCP e Bloco de Esquerda], mas o PSD está a todo o custo a tentar fazer um caso que não existe”.

“O PSD entendeu tomar uma posição incompreensível face ao histórico das relações diplomáticas e àquilo que têm sido as posições prudentes deste e de anteriores governos de Portugal. O PSD revela também desconhecimento sobre as posições que Bloco de Esquerda e PCP têm tomado sobre esta matéria, mas sobre isso não cabe ao PS pronunciar-se”, referiu.

De acordo com o vice-presidente da bancada do PS, está-se apenas perante “uma tentativa muito forçada do PSD no sentido de encontrar nexos de causalidade e condicionamentos que, manifestamente, não existem por parte do Governo português, que encarou a questão como muitos outros Estados aliados”.

Na perspetiva do dirigente da bancada socialista, “o Governo, com muito bom senso e com aquilo que são as melhores práticas, solicitou a vinda do embaixador de Portugal na Rússia para consultas – uma medida perfeitamente adequada tendo em vista a obtenção de informação sobre o caso”.

“A posição do Governo português não é distinta daquela que foi adotada por vários países aliados que tomaram decisões similares compatíveis e totalmente razoáveis face às circunstâncias que o caso exige”, disse, em outra nota de demarcação face aos países que optaram pela expulsão imediata de diplomatas russos.

Ainda em defesa da posição do Governo, Pedro Delgado Alves referiu que o caso deve ser acompanhado “no contexto multilateral” e que, para já, “não há razões para outras medidas para além destas”.

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