“PS não tem vergonha na cara”, acusa Maria Luís Albuquerque
“Realmente, o PS não tem vergonha na cara”, acusou Maria Luís Albuquerque, criticando o “mea culpa fingido” a propósito de José Sócrates.
Num artigo de opinião publicado pelo Observador, a deputada do PSD lembrou que foram precisos “mais de três anos” para o PS se confessar “envergonhado” pela sucessão de “casos, suspeitas e comportamentos” de um antigo líder socialista, José Sócrates.
“O pretexto imediato é a revelação do caso Manuel Pinho, de quem também dizem ter vergonha, e que parece ter inaugurado uma nova era em que afinal já não é preciso esperar pela condenação em tribunal para tirar ilações políticas”, ironizou.
No artigo de opinião, a administradora da financeira Arrow questiona se os socialistas estão “genuinamente envergonhados” ou apenas fazem “um mea culpa fingido” para não terem de voltar a “tocar no assunto”.
“Caso esta ‘confissão’ de altos dirigentes do PS seja para levar a sério, diria que o País espera que confessem a vergonha por muito mais coisas”, continuou Maria Luís Albuquerque.
Como exemplos, citou, entre outros, a bancarrota, o pedido de ajuda externa, a negociação e ratificação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e a fuga às responsabilidades “quando se tratou de resolver os problemas que causaram”.
A deputada do PSD não desperdiçou a oportunidade de lembrar que no Governo liderado por António Costa se encontram “muitos dos mesmos que governaram com José Sócrates (e com Manuel Pinho, já agora) e que nunca viram nada, nunca suspeitaram de nada”.
“Só posso terminar como comecei. Realmente, o PS não tem vergonha na cara”, concluiu.