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“PS fez linchamento popular de José Sócrates”, aponta Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares condenou o comportamento do PS face ao antigo secretário-geral, afirmando mesmo que os socialistas promoveram “o linchamento popular de José Sócrates”.

No comentário habitual para a SIC Notícias, o jornalista não poupou o PS por “bater em quem já está caído” no chão.

“Já tínhamos assistido ao julgamento popular do José Sócrates. Com este comportamento do Partido Socialista, o que aconteceu foi o linchamento popular de José Sócrates”, frisou.

Nem António Costa escapou às críticas, com Miguel Sousa Tavares a lembrar que o secretário-geral do PS “também não se demarcou dos outros camaradas de partido” sobre os quais recaem “suspeitas graves”, como é o caso de Manuel Pinho.

Na altura em que saíram as primeiras suspeitas sobre Sócrates, António Costa “começou por dizer o que era básico” quando devia ter dito “que o partido e o país exigiam que a justiça fosse rápida”.

“Vem aí o Congresso e daqui a um ano há eleições, o PS quer lavar a roupa suja antes”, argumentou.

Uma vez que comentava a saída de Sócrates do PS, Miguel Sousa Tavares apontou também o dedo ao ex-primeiro-ministro.

“O facto de José Sócrates ter vivido à conta de um amigo é um comportamento inaceitável para quem foi primeiro-ministro. Isso quanto a mim é o inexplicável, mas não é crime”, salientou.

Para o jornalista, “José Sócrates devia começar por explicar porque é que decidiu viver à conta de um amigo”.

Também o Ministério Público foi criticado, porque “devia era ter investigado de onde é que veio o dinheiro do Carlos Santos Silva” e só depois investigar “porque é que o José Sócrates vivia à conta do amigo, em vez de partir  do princípio de que o dinheiro era do José Sócrates”.

A concluir, Miguel Sousa Tavares sublinhou que o despacho de acusação foi escrito por 23 procuradores.

“Duvido que algum deles tenha lido as 4000 páginas”.

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