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PS “lavou a cara”, mas isso não significa “mudança”, diz Jerónimo

jeronimo de sousaO PCP vai continuar distante do PS. Comentando a mudança na liderança dos socialistas, Jerónimo de Sousa frisou que o país precisa de “ruptura e mudança”, o que não será possível com um partido que “parece que lavou a cara” e não muda de “posicionamento”.

Para os comunistas, a iminente troca de secretário-geral no PS não passa de estética. “Parece que lavou a cara”, ironizou o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, citado pela Lusa.

“Aquilo que o PS faz é avançar coisa nenhuma para além do debate. É paradigmático neste PS, que parece que lavou a cara, mas em termos de essência da política e problemas nacionais continua a não avançar proposta alguma de ruptura, de mudança, de posicionamento claro, particularmente em relação a esse condicionamento que hoje existe na sociedade portuguesa que é o grau e serviço da dívida”, sustentou Jerónimo.

No entender do PCP, “a posição e o conteúdo da proposta do PS, no essencial, já foi avançada há dois meses pela própria ministra das Finanças”, a qual manifestou “disponível para debater” num convite endereçado aos socialistas.

As declarações de Jerónimo de Sousa, proferidas depois de um encontro do PCP com a Confederação Nacional Agricultura, surgem depois do PS ter apresentado um projecto de resolução para “desencadear um processo parlamentar de audição pública” com o objectivo de identificar soluções para “o problema do endividamento”.

O problema desse projeto, segundo os comunistas, é que não aborda a reestruturação nem a renegociação da dívida pública.

“Hoje, a situação, o grau e serviço da dívida, não é uma questão de dizer ‘não pagamos’. O grande problema é que, qualquer dia, não podemos pagar, não temos condições. Pressupõe uma renegociação conforme o PCP apresentou”, insistiu Jerónimo de Sousa.

O líder comunista considerou “interessante que haja o envolvimento de entidades, instituições, na discussão do problema, mas apontando o caminho” para resolver esses problemas.

Mas não será só o PS a apresentar um projeto: também o PCP e o Bloco de Esquerda vão levar um documento ao Parlamento, amanhã, assim como vai ser também analisada a petição resultante do ‘Manifesto dos 74’, que recolheu mais de 36 mil assinaturas.

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