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PS inicia processo de expulsão de 300 militantes candidatos às autárquicas como independentes

O Partido Socialista deu início ao processo de expulsão de mais de 300 militantes que, nas últimas eleições autárquicas, a 1 de outubro, concorreram em listas adversárias.

Nas últimas eleições autárquicas, 320 militantes do Partido Socialista concorreram como independentes, o que valeu a instauração de um processo disciplinar pela Comissão Nacional do partido, considerando que a situação não podia “passar em branco”.

De acordo com o Sol, advém daí o início do processo de expulsão a 300 militantes do Partido Socialista.

A Comissão Nacional Política tinha aprovado uma proposta, na última terça-feira, para que a Comissão Permanente do PS pudesse “proceder à audição de cada um dos visados para, depois, se tomarem as decisões que, entretanto, os órgãos de jurisdição do partido entenderem por bem”.

Os socialistas receberam uma carta, no início deste mês, onde lhes era dado um prazo de dez dias para apresentarem “argumentos, factos e circunstâncias que possam contrariar a imputação ora feita, de grave, desleal e ofensiva violação dos seus deveres de militante socialista”, refere o portal ZAP.

“Os militantes do PS têm direitos e deveres, que não foram cumpridos”, explicou Hugo Pires, o secretário nacional responsável pela organização do partido, qualificando esta de “má prática que a direção não pode deixar passar em branco”.

Daniel Adrião foi um dos poucos que contestaram a decisão da expulsão – o Sol fala em cinco votos contra – tendo preferido realçar a ausência de António Costa da reunião para o efeito.

“É óbvio que não quis estar presente nesta reunião. Provavelmente não quis ficar associado a uma decisão que não é muito edificante”, sublinhou.

O ex-opositor de António Costa garantiu também que a decisão está “ferida de nulidade”, uma vez que os estatutos “não preveem a possibilidade de a Comissão Política delegar na Comissão Permanente este tipo de competências”.

“O PS não ganha nada com estas purgas”, alertou.

Adrião acredita que a urgência na suspensão destes militantes é justificada pela “necessidade de travar eventuais candidaturas desses militantes aos órgãos do partido”, a realizar em janeiro.

No início do mês de dezembro, já José Manuel Mesquita, membro do Secretariado Nacional do PS, em declarações à Lusa, havia dito que “seria contra a unidade interna do partido se estes militantes, que se candidataram em outras listas contra o PS, participassem e fossem eventualmente eleitos nas próximas eleições concelhias, como se nada antes se tivesse passado”.

Os estatutos do Partido Socialista preveem a expulsão dos militantes que decidam “integrar ou apoiar expressamente listas contrárias à orientação definida pelos órgãos competentes do partido, inclusive, nos atos eleitorais em que o PS não se faça representar”.

 

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