Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, diz que o PSD e o primeiro-ministro mostram “esquizofrenia política” por atacarem o secretário-geral socialista, António José Seguro e, ao mesmo tempo, abrirem portas ao diálogo.

Durante o debate parlamentar da proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano, que decorre na Assembleia da República, Carlos Zorrinho, deputado e líder parlamentar do PS, apontou o dedo ao PSD, num discurso duro.

O primeiro-ministro foi o principal visado. Pedro Passos Coelho é acusado de “esquizofrenia política”, por atacar António José Seguro, secretário-geral do PS, ao mesmo tempo que anuncia a intenção de estabelecer diálogo com os socialistas.

Carlos Zorrinho apontou outros discursos de deputados do PSD que visam o PS, citando o exemplo de Miguel Frasquilho. “Os discursos dos deputados do PSD não dão tréguas ao PS”, apontou Zorrinho.

Mas o líder parlamentar do PS também atacou Passos Coelho, desde o tempo em que o atual primeiro-ministro era líder do PSD. “Há um paradoxo no Governo, que revela a agenda escondida da maioria, que constitui o seu principal desígnio: a agenda de demolição do Estado Social. Essa agenda nasceu ainda na oposição, com o projeto de revisão constitucional, proposta atabalhoadamente apresentada e retirada, para não atrapalhar a operação de tomada do poder”, acusou Carlos Zorrinho.

O líder parlamentar do PS aponta uma segunda meta de Passos Coelho. “O primeiro-ministro, então líder da oposição, recuou, mas não desistiu e ganhou legitimidade democrática. E depois, montou outra estratégia ainda mais sofisticada: a estratégia do empobrecimento, seguida de uma bomba atómica fiscal, para tentar que os portugueses aceitem a destruição do Estado Social”, acusou.

Passos Coelho, acrescenta ainda Carlos Zorrinho, “manietou o CDS”, que se encontra “emaranhado no seu labirinto de escolha entre ser o partido do contribuinte, ou o partido da coligação dos impostos que agora é”. leia mais