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PS acusa Passos Coelho de pretender “flagelar” os portugueses

carlos-zorrinho1Líder parlamentar do PS acusa primeiro-ministro, Passos Coelho, de pretender “flagelar” os portugueses, com as declarações que proferira no dia anterior. Passos disse que os portugueses têm de ser “menos piegas”. Carlos Zorrinho considera que Passos Coelho revela “incapacidade de mobilizar o seu povo”.

Novas declarações de Passos Coelho, uma nova polémica entre PS e Governo. Carlos Zorrinho acusou o primeiro-ministro de “marcar e flagelar” os cidadãos de forma premeditada, com palavras “bem pensadas”.

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Carlos Zorrinho considerou que Passos coelho tem repetido um discurso revelador de “capacidade de mobilizar o seu povo”. O socialista recordou algumas das afirmações recentes de Passos Coelho.

“Um primeiro-ministro que faz uma declaração destas não o faz sem a ponderar. Teve todo o ar de não ter sido uma declaração por acaso. É feita para marcar e flagelar os portugueses, como outras, em que foi dito que é preciso empobrecer-nos”, apontou Zorrinho.

Carlos Zorrinho cita Camões, para dizer que “um rei fraco pode fazer fraca forte gente”. Para o líder parlamentar do PS, Passos Coelho “deve mudar o caminho”, mais do que “desculpar-se” com o argumento de que foi mal interpretado.

“Primeiro, fala em emigrar e diz que foi mal interpretado. Depois, vem o ‘custe o que custar’ e também se diz mal interpretado. Agora vem chamar ‘piegas’ ao seu povo”, lamenta Carlos Zorrinho. O líder da bancada do PS sustenta que esta “foi mais uma declaração infeliz”.

Carlos Zorrinho considera que “não é próprio de um primeiro-ministro de um país europeu chamar piegas ao seu povo”. E destaca o caso português, “povo que tem lutado e mostrado capacidade de vencer a adversidade”, o que “não é reconhecido” por Passos Coelho.

Pedro Passos Coelho, recorde-se, afirmara ontem que os portugueses devem ser “mais exigentes e menos piegas”. No entanto, segundo o PSD, as suas palavras foram “desvirtuadas e retiradas do seu contexto”, segundo o social-democrata Carlos Abreu Amorim.

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