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PRS acusa PM da Guiné-Bissau de prolongar unilateralmente recenseamento

O Partido de Renovação Social (PRS) acusou hoje o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, de prolongar unilateralmente o recenseamento eleitoral no país para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro.

O PRS “vem mais uma vez manifestar a sua profunda indignação e estranheza em relação à atitude de Aristides Gomes de prorrogar unilateralmente o prazo de recenseamento eleitoral por mais 30 dias”, afirmou Fernanda Évora Pan, dirigente do partido, numa declaração lida à imprensa.

Para Fernanda Évora Pan, o prolongamento do recenseamento deveria ter sido consensual.

Na declaração, o PRS, segunda maior força política da Guiné-Bissau e que faz parte do Governo atual, critica também o primeiro-ministro por continuar com o recenseamento, que inicialmente deveria ter terminado hoje, sem informar a opinião pública nacional e internacional sobre as “razões que estiveram na origem do incumprimento anteriormente estipulado”.

“Aliás, com as contas bem-feitas e a esta velocidade de camaleão em que o processo de recenseamento está a ser conduzido, o senhor Aristides Gomes só poderá terminar o recenseamento eleitoral daqui a dois anos, ou seja, em 2020”, afirmou.

Para além do PRS, os partidos sem assento parlamentar e a sociedade civil também têm criticado o processo eleitoral em curso, com esta última a pedir o adiamento de eleições.

Em causa está, essencialmente, o recenseamento eleitoral que não decorreu entre 23 de agosto e 23 de setembro, como previsto, devido a atrasos na chegada dos equipamentos para recenseamento biométrico.

A Nigéria é que teve de avançar com a doação de 350 kits para recenseamento eleitoral, mas, até ao momento, só chegaram ao país 150.

O recenseamento acabou por ter início a 20 de setembro e, segundo o Governo, deveria ter terminado hoje.

Na quarta-feira, a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, disse que o recenseamento iria decorrer no prazo previsto por lei, que é de 60 dias, ou seja, deverá terminar a 20 de novembro, dois dias depois da data prevista para as legislativas, que terão de ser adiadas.

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