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Protestos dos coletes amarelos continuaram hoje apesar de anúncios de Macron

Vários milhares de “coletes amarelos” mobilizaram-se hoje novamente em diversas cidades de França, apesar do recente anúncio de medidas do Presidente Emmanuel Macron em resposta à crise social no país.

Segundo dados do Ministério do Interior, estavam registados às 12:00 TMG (13:00 em Lisboa) 5.500 manifestantes em todo o país, 2.600 dos quais em Paris.

Na semana passada à mesma hora, o número de manifestantes era de 9.600, dos quais 6.700 na capital francesa.

Há mais de cinco meses que os “coletes amarelos” saem à rua todos os sábados para pedir mais justiça social e fiscal, em desfiles por vezes entremeados de violência.

Na quinta-feira, o presidente francês apresentou numa conferência de imprensa um conjunto de medidas visando aumentar o poder de compra dos mais pobres e da classe média.

Macron anunciou uma indexação das pequenas reformas à inflação, uma redução no imposto sobre o rendimento para 15 milhões de famílias até 2020 e garantiu que até 2022 não haverá encerramento de escolas ou hospitais sem acordo das autoridades locais.

A um mês das eleições europeias, cerca de 2.000 “coletes amarelos”, segundo a câmara de Estrasburgo, desfilaram na cidade sede do Parlamento Europeu.

A manifestação, inicialmente calma, registou momentos de tensão quando as forças de segurança impediram o cortejo de seguir em direção às instituições europeias e responderam com granadas lacrimogéneas ao lançamento de pedras e garrafas por parte dos contestatários.

As forças de segurança voltaram a repelir manifestantes, quando alguns incendiaram caixotes do lixo, não muito longe das instalações do Conselho da Europa, tentado construir barricadas.

Em Paris, dois cortejos começaram pouco depois das 11:00 TMG (12:00 em Lisboa), juntando um deles vários milhares de manifestantes convocados pela Confederação Geral do Trabalho e pelos “coletes amarelos” e o outro organizado apenas pelos “coletes amarelos”.

Alguns contestatários previam faltar hoje aos protestos para se concentrarem nas manifestações do 1.º de maio, segundo a agência France Presse.

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