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Protesto de reclusos de Custóias obriga guardas prisionais a disparo de balas de borracha

Mais de metade dos reclusos da prisão de Custóias, no distrito do Porto, recusaram-se hoje a almoçar, obrigando os guardas prisionais a disparar balas de borracha para o ar para repor a ordem, disse à Lusa fonte sindical.

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, adiantou que os reclusos já estão fechados nas celas, não tendo almoçado.

Segundo Jorge Alves, quando foram chamados para o almoço, os reclusos das alas A, B e C da prisão de Custóias recusaram-se a ir para o refeitório e começaram a arremessar bens que tinha nas celas para os guardas prisionais e a causar distúrbios.

O sindicalista adiantou que a direção da prisão deu indicações para serem disparados tiros para o ar para repor a ordem e a normalidade, conseguindo deste modo que os reclusos fossem fechados nas celas à força.

Fonte da Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais (DGRSP) disse à Lusa que não se tratou de um motim, apenas uma parte substancial dos reclusos não quis almoçar.

A mesma fonte disse que não se registaram distúrbios, nem houve necessidade de intervenção.

Uma outra fonte dos guardas prisionais disse à Lusa que o problema em Custoias foi resolvido com os guardas que estavam de serviço, estando o Grupo de Intervenção de Segurança Prisional (GISP) de prontidão para avançar caso seja necessário.

Jorge Alves disse ainda à Lusa que se desconhece para já quais os motivos para os reclusos se recusaram a almoçar.

Estes distúrbios na prisão de Custóias acontecem menos de 24 horas depois dos reclusos da ala A do Estabelecimento Prisional de Lisboa se terem amotinado com gritos, queimado colchões e papéis e partido a algum material, obrigando os guardas prisionais a “usar a força”.

A situação foi dominada na terça-feira à noite e hoje, segundo Jorge Alves, os reclusos estão fechados, tendo apenas saído das celas para almoçar em grupos.

O SNCGP tem hoje marcado um plenário no EPL, após quatro dias de greve, terminada na terça-feira, e que levou ao cancelamento das visitas aos reclusos.

O Estabelecimento Prisional de Custóias tem mais de 1000 reclusos.

Lusa

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Lusa

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