Portugal tem um novo chefe do Estado-Maior da Armada. O almirante Macieira Fragoso, hoje empossado pelo Presidente da República, garante ter por missão “proteger interesses de Portugal no mar”, apesar dos cortes orçamentais na Marinha.
Luís Fourneaux Macieira Fragoso, com a patente de almirante, é o novo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA). O Presidente da República, Cavaco Silva, deu hoje posse ao antigo assessor de Paulo Portas, quando o agora vice-primeiro-ministro foi ministro da Defesa (de 2002 a 2004).
“Agradeço a confiança que o Governo e o Presidente da República, como Comandante Supremo das Forças Armadas, em mim depositou e espero permitir que a Marinha continue a cumprir aquilo que sempre fez ao longo da sua longa existência que é proteger os interesses de Portugal no mar”, afirmou Macieira Fragoso.
Aos 60 anos, o almirante atinge a chefia da Armada numa altura de crise: a Marinha não ficou isenta dos cortes orçamentais e vários oficiais, no ativo e na reserva, têm alertado para a eventualidade de algumas missões ficarem comprometidas por motivos economicistas. “Reestruturar não deve ser entendido como ‘simplesmente mudar’, de forma avulsa, baseada em preconceitos, só porque está na moda”, avisou.
Na altura de mudar, o CEMA será “determinado mas prudente, procurando sempre discernir entre o que é a natural resistência à mudança daquilo que representa uma argumentação pertinente”, antecipou: “nada será intocável mas também nada será mudado só porque fica bem mudar”.
Macieira Fragoso definiu como “principais desígnios”, durante o discurso de tomada de posse, “assegurar o melhor desempenho” das componentes “militar e não militar” da Armada.
A presenciar a tomada de posse estiveram as mais altas figuras do regime, como a presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro, o ministro da Defesa Nacional e os chefes dos restantes ramos militares.