A ocorrência de nove incêndios, com destaque para o de Ourém, vai levar a Proteção Civil a solicitar o apoio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, à semelhança do que aconteceu com os grandes incêndios de 2003, 2004 e 2005.
Com nove incêndios em simultâneo e mais de mil homens no terreno, a Proteção Civil (PC) nacional vai solicitar o apoio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, repetindo uma medida já tomada durante os grandes incêndios de 2003, 2004 e 2005.
O objetivo é reforçar a cooperação em intervenções de socorro que exijam operações urgentes, quer para acompanhar o desenrolar dos acontecimentos e intervir imediatamente, quer para mobilizar “equipas de avaliação e de coordenação que poderão ser enviadas no mais breve espaço de tempo possível de acordo com as necessidades”, como realçou a PC, em comunicado.
Entre outras situações, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil foi ativado aquando dos sismos em Argélia e Irão (2003) e Marrocos (2004), das cheias no Sul de França (2003) e do tsunami no Sudoeste asiático (2004). Em Portugal, a medida foi solicitada durante os incêndios florestais de 2003, 2004 e de 2005.
No comunicado, a PC refere que às 12h00 havia nove incêndios ativos, com destaque para o de Ourém, que já provocou uma vítima mortal e que está a ser combatido por 504 operacionais e 155 veículos, quatro dos quais aéreos. Ao todo, estão mobilizados 1711 operacionais e 502 veículos, entre os quais 13 aeronaves. Em Carapinha (Tábua) estão 312 bombeiros e 88 veículos (cinco aeronaves), o de Valongo do Vouga (Águeda) é combatido por 221 homens e 67 veículos (três aeronaves) e no da Serra (Tomar) encontram-se 153 operacionais e 42 veículos (uma aeronave).
A situação mantém-se grave, pelo que a PC elevou o alerta para nível laranja, até amanhã, mantendo em estado de prontidão as forças integrantes do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais e alguns Grupos de Reforço Ligeiro da Força Especial de Bombeiros e vários Grupos de Intervenção, Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana.
