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Próstata: Portugueses desenvolvem tratamento inovador da hiperplasia

algaliaA comunidade médica portuguesa desenvolveu um tratamento da hiperplasia benigna da próstata, responsável por complicações graves de saúde. Essa técnica inovadora atinge uma taxa de sucesso que ronda os 90 por cento, mesmo em doentes mais graves.

A hiperplasia carateriza-se por uma proliferação celular anormal, que dá origem a inflamação. Com o aumento do volume da próstata, ficam obstruídas as vias urinárias, o que constitui um problema grave, em muitos casos. Este tipo de hiperplasia benigna é uma doença muito frequente nos homens, sobretudo quando atingem a meia idade.

Este método inovador no tratamento da hiperplasia benigna desta glândula (nos casos em que é pouco invasiva) consiste na embolização e cateterização seletiva das artérias prostáticas, com recurso a anestesia local, sendo introduzidas partículas que ocluem e cortam parte da circulação da próstata.

Microcatéteres transportam essas pequenas partículas, o que torna possível a redução das dimensões da próstata e melhoria dos doentes. O tratamento não cura todos os doentes, mas há uma melhoria “em cerca de 85 a 90 por cento dos doentes”, explica, em declarações à Lusa TV, João Pisco, chefe de equipa de radiologia do Hospital Saint Louis, localizado em Lisboa.

As melhorias são praticamente imediatas, em alguns dos casos. “A melhoria nota-se normalmente no dia seguinte, mas pode demorar uma semana, nos doentes que estão com medicação há anos”, revela o clínico.

Nos casos mais graves, em que os pacientes necessitam de algália, “passadas uma ou duas semanas, já dispensam algália e que melhoram significativamente”, acrescenta João Pisco. Este tratamento está a cativar o interesse de médicos estrangeiros.

Uma vez que Portugal dispõe do único centro mundial para desenvolvimento do tratamento, tornou-se um ponto de paragem de médicos de todo o mundo, que procuram as melhores terapêuticas para este problema de saúde.

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