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Propinas são mais caras em Portugal do que em outros 24 países da Europa

universidade portoA Comissão Europeia comparou o valor pago pelas propinas em 34 países do ‘velho continente’ e colocou Portugal a encerrar o top 10 das mais caras. Os quase mil euros que cada estudante nacional paga estão bem distantes dos 177 euros que custam em França.

Cada estudante universitário em Portugal paga quase mil euros anuais de propinas, colocando Portugal como o 10.º posicionado numa lista que compara os sistemas educativos de 34 países, os 27 da União Europeia (UE) e outros do ‘velho continente’, Turquia incluída. Os dados foram analisados pela Eurydice, uma rede sob a égide da Comissão Europeia vocacionada para os sistemas de ensino.

Se bem que um aluno em Portugal pague cerca de um terço do que pagaria no Reino Unido, onde as propinas custam em média cerca de 4200 euros por ano, é confrontado com uma grande diferença: é mesmo obrigado a pagar, enquanto certos países dispensam uma percentagem dos alunos matriculados. Independentemente de ser carenciado ou de ter bolsa, um universitário em Portugal terá de pagar entre 631 a 999 euros de propinas por ano.

Na Irlanda, onde as propinas podem variar entre os 2000 e os 6000 euros, cerca de 40 por cento dos alunos são dispensados do pagamento. Já na Escócia não é cobrada qualquer propina desde que o estudante seja de um país membro da UE, com os estrangeiros a pagarem 2097 euros.

Ainda assim, os grandes beneficiados destas isenções são os estudantes na Eslovénia, onde 80 por cento dos alunos matriculados estão dispensados de pagar os 1250 euros de propinas por ano. Áustria, Croácia, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Malta, Noruega e Suécia oferecem as propinas são oferecidas durante o primeiro ano do ensino superior.

O mesmo relatório demonstrou que apenas 26 por cento dos estudantes matriculados em Portugal recebem bolsa de estudo, um dos valores mais baixos nos 34 países analisados. Como agravante, o valor anual das propinas tem vindo a subir e, aliado aos cortes do financiamento público, faz com que várias universidades já estejam a fazer subir a média para lá dos mil euros por aluno.

Para além dos 27 países membros, o estudo “Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da EU” analisou também os dados dos sistemas de ensino de Croácia, Islândia, Liechtenstein, Noruega, Sérvia, Suíça e Turquia.

Nos lugares mais baixos da tabela aparecem Islândia (279 euros anuais), Alemanha (200 euros, com algumas isenções) e França (177 euros por ano). Feitas as contas, no capítulo das propinas o que interessa é estudar no Chipre: podem custar 3410 euros por ano, mas é o Estado quem paga às universidades.

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