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Promotor de ataque em universidade queniana em 2015 condenado a pena perpétua

Um dos três acusados de planearem o ataque que matou 148 pessoas numa universidade queniana, em 2015, foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal de Nairobi, com os restantes a serem sentenciados a 41 anos de pena efetiva.

Na leitura das sentenças, o juiz queniano Francis Andayi sentenciou o tanzaniano Rashid Charles Mberesero a prisão perpétua e os quenianos Mohamed Ali Abdikar e Hassan Aden Hassan a penas de prisão de 41 anos, de acordo com o noticiado hoje pelos ‘media’ locais.

As sentenças hoje aplicadas surgem depois de um longo processo de investigação ao ataque à Universidade de Garissa, em 02 de abril de 2015, reivindicado pelos islamitas somalianos do al-Shabab, provocou a morte de 148 pessoas e deixou outras 83 com ferimentos graves.

Em junho, um tribunal queniano considerou haver provas suficientes para acusar três dos quatro suspeitos.

No total, foram ouvidas no tribunal 22 testemunhas, entre as quais estudantes que sobreviveram ao ataque.

Durante o ataque à Universidade de Garissa, as forças de segurança quenianas abateram os quatro atiradores, sendo que o alegado cabecilha, Mohamed Mouhamud, antigo professor numa escola naquela cidade, foi morto no sudoeste da Somália em 2016.

Desde 2011 que o al-Shebab ameaça responder à mobilização de tropas do Quénia para a Somália, chegando a conduzir vários ataques em território queniano.

Em 2013, um ataque perpetrado pelo grupo a um centro comercial em Nairobi causou a morte de 67 pessoas.

No início deste ano, um ataque semelhante a um complexo de luxo, também na capital queniana, matou 21 pessoas.

O grupo de origem somali tem ainda cometido ataques e raptos esporádicos no país.

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