Economia

Promoção do Pingo Doce a 1 de maio custa 10 milhões à cadeia de supermercados

pingo_doce_loja_1A campanha de 50 por cento de desconto da Jerónimo Martins no 1.º de Maio, nas cadeias do Pingo Doce, custou ao grupo 10 milhões de euros. A empresa detentora dos supermercados entende que não se trata de uma despesa sem retorno, mas insere aqueles 10 milhões num investimento da marca.

A Jerónimo Martins perdeu 10 milhões de euros com a generosa campanha que cortou os preços pela metade, em todas as cadeias do Pingo Doce, no feriado de 1 de maio, dia do trabalhador.

De acordo com um comunicado da empresa, esse valor não representa uma despesa, mas “um investimento”, que permitiu um “aumento significativo de notoriedade da marca” Pingo Doce. Nesse sentido, a Jerónimo Martins espera que, juntamente com outras campanhas do género, “as vendas cresçam acima do mercado”, em tempos de retração do consumo.

Esta foi a primeira vez que a empresa divulgou os impactos da campanha do Pingo Doce, que reduziu os preços no dia do trabalhador, com um corte de 50 por cento. Estes 10 milhões não preocupam e deverão permitir retorno.

Numa avaliação das contas durante o primeiro semestre do ano, a Jerónimo Martins realça uma prestação “robusta”, num quadro económico “crescentemente exigente”, onde se assinala uma diminuição do consumo, sendo que as campanhas no Pingo Doce serviram para contrariar esta realidade.

A empresa destaca o facto de, em Portugal, durante os primeiros seis meses do ano, todas as áreas de negócio terem conseguido aumentar as respetivas quotas de mercado, sendo que o Pingo Doce contrariou as realidades de reduções de compras verificadas na maioria das cadeias de supermercados portuguesas.

O Pingo Doce assinalou, neste período, muito à custa das promoções de 50 por cento como a que ocorreu no 1.º de Maio, um aumento de vendas na ordem dos 6,1 por cento, enquanto o mercado assinalou “uma queda de 2,4 por cento em abril e maio”.

 

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