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Professora impedida por obesidade mórbida de exercer anuncia novo recurso

professora com obesidade 210professora com obesidadeUma professora de biologia tem sido impedida de exercer porque, apesar de ter passado no concurso público, sofre de obesidade mórbida. Ana Marcondelli, de 30 anos e 119 quilos, vai apresentar um novo recurso, depois de ter sido dada como inapta no primeiro.

Uma professora qualificada, por concurso público, para funções de docência tem sido impedida de exercer porque sofre de obesidade mórbida.

Ana Carolina Buzzo Marcondelli, de Araraquara (Brasil), passou no concurso da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no 15.º lugar, realizado em fevereiro.

No mês seguinte, a docente de biologia reprovou no exame médico, com um índice de massa corporal (IMC) de 43. A obesidade mórbida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, ocorre com avaliações acima de um IMC de 40.

Ana Marcondelli apresentou recurso, mas na última sexta-feira ficou a saber que o mesmo foi negado pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado.

“Eu já imaginava que seria reprovada porque o meu IMC não mudou”, salientou a docente, anunciando “mais um recurso”, que tem de ser apresentado hoje ou amanhã.

“Eu sempre fui gordinha e, desde a minha adolescência, luto contra o meu peso. Mas eu cuido-me e não vou ficar obcecada em emagrecer por causa do cargo só porque o Estado quer. Se eu emagrecer vai ser porque eu quero, como já aconteceu antes, e será algo natural. O cargo é meu por direito”, frisou a docente.

Com 1m65 de altura e 117 quilos (à data do exame, hoje tem 119) de peso, Ana Marcondelli discorda do modelo de avaliação por ser indevido: “não é necessário ser magra segundo os padrões de beleza, é preciso ter capacidade intelectual”.

“O IMC não deveria ser válido para todas as pessoas. Um fisiculturista que tem 1m50 de altura e 100 quilos de músculo, por exemplo, é considerado obeso, de acordo com o índice. Isso não é adequado”, salientou.

As queixas da docente são apoiadas pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, que apresentou uma ação em tribunal.

Durante o fim de semana, o Departamento de Perícias Médicas do Estado emitiu um comunicado a salientar que o IMC não foi o único critério a chumbar a candidatura da professora, ressalvando ter apurado outros problemas de saúde em Ana Marcondelli.

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